Um assunto ganhou força nas redes sociais após uma fala da atriz Deborah Secco: procedimentos estéticos. Deborah participou do "PocCast", podcast apresentado por Lucas Guedez e Rafael Ucman, e revelou que já se arrependeu de intervenções que fez na aparência, mais especificamente um preenchimento de olheiras e na região do maxilar.
"Realizei um procedimento há uns anos que deu muito errado. Sofri muito. Fiz preenchimento de olheira e maxilar. Ficou um horror, desfiz no mesmo dia. Quando cheguei em casa, o Hugo falou: 'Isso é muito preocupante. Você não gosta de quem você é'. Desde então, parei de fazer tudo. Porque fiquei um 'alien'", disse a atriz.
Segundo o biomédico mineiro Thiago Martins, mestre em medicina estética, o preenchimento de olheira é feito com ácido hialurônico e indicado para pacientes com olheiras profundas. O procedimento pode ser feito de duas formas: retroinjeção ou bolus.
Thiago explica que a retroinjeção é quando a agulha é posicionada e vai sendo retirada ao passo que se injeta o produto. Já a bolus, é uma técnica de inserção da agulha através da pele seguida de uma injeção de produto com a agulha o mais estática possível. "Independentemente da técnica escolhida, o profissional realiza uma massagem no local com o intuito de espalhar o produto. Para o preenchimento de olheira é usada uma pequena quantidade de ácido hialurônico (entre 0,3 e 0,5 ml)", afirma Martins.
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Por ser uma região muito sensível, o biomédico deixa claro que, por mais que o profissional tome todos os cuidados e que sejam usados produtos de qualidade, ainda sim podem ocorrer intercorrências. "Infelizmente, ao ser injetado, o ácido pode saltar e deixar o paciente com a região inchada, como se formassem bolsas abaixo os olhos. Além de expandir a pálpebra, pode acontecer de o preenchimento ser colocado no canal lacrimal, obstruindo esse canal", esclarece.
A dica do especialista em medicina estética é que o paciente massageie a região dos olhos que recebeu o preenchimento por pelo menos três dias após a aplicação, visando espalhar o produto corretamente e evitar o inchaço. "Além disso, é fundamental que o paciente pesquise para saber se o especialista escolhido tem aptidão e experiência para fazê-lo", completa.
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Sobre casos de arrependimento, Thiago destaca: "Sempre é possível reverter procedimentos realizados com ácido hialurônico. Isso é feito utilizado uma enzima chamada de hialuronidase. Ela é responsável por degradar o produto, revertendo assim seus efeitos. Mesmo assim pode acontecer de não conseguir retirá-lo por inteiro".
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.