Com o avançar da idade, é comum ouvirmos falar em perda de massa óssea. O problema pode ser causado por várias situações clínicas, como doenças renais, hematológicas (do sangue), hepáticas (do fígado) e endócrinas. Quando essa perda é significativa, pode causar alterações na estrutura e na qualidade dos ossos, ocasionando fragilidade e aumentando o risco de fraturas. Esse quadro é conhecido como osteoporose.
Existem várias doenças distintas que podem afetar a qualidade dos ossos, por meio de mecanismos diferentes do corpo, e ter como consequência comum a osteoporose. Descrita da mesma forma, a osteotomia indica uma perda de massa óssea leve, enquanto na osteoporose esse problema é bem mais relevante.
Mas, para quem pensa que essas condições são parte natural do processo de envelhecimento, elas também podem ser consequências da soma de diversos outros fatores.
"A maioria das pessoas com essas condições não apresenta nenhum sinal aparente, por isso se houver algum fator de risco, é muito importante fazer uma avaliação médica e iniciar um tratamento precoce para melhores resultados e evitar complicações futuras", explica Ana Paula Gomides, médica reumatologista, professora universitária e membro de comissões científicas na área de reumatologia.
Três perguntas para...
Daniel Carvalho de Toledo, ortopedista e traumatologista especialista em ombros e cotovelos
Daniel Carvalho de Toledo, ortopedista e traumatologista especialista em ombros e cotovelos
Além da queda hormonal resultante da idade ou da menopausa, quais outros fatores podem ocasionar o enfraquecimento ósseo?
Conhecida também como osteoporose secundária, o enfraquecimento ósseo é resultado de complicações de doenças anteriores, como diabetes, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, hipovitaminose e depressão.
Se a doença já tiver evoluído, quais medidas devem ser tomadas para evitar maiores sequelas?
Nesse caso, é necessário o tratamento medicamentoso, acompanhamento com especialista, exames periódicos para avaliação do caso, além de mudança drástica hábitos de vida —alguns visando a melhora do quadro e outros pela incapacidade da realização de algumas atividades.
Quais mudanças podem ser inseridas no cotidiano para evitar a doença futuramente?
A mudança de hábitos é muito importante, como a prática frequente de atividades físicas, uma dieta balanceada, a exposição moderada à luz solar.