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Estado de Minas MEDICAÇÃO

Anvisa deve liberar 'o melhor' remédio para o brasileiro combater a insônia

Aprovado em 2019 pela FDA, o lemborexant é apontado como o melhor em eficácia, aceitabilidade e tolerabilidade entre 36 medicamentos


12/08/2022 14:30 - atualizado 12/08/2022 14:30

mulher na cama, coberta e de olhos abertos
Associação Brasileira do Sono (ABS) diz que 73 milhões de brasileiros sofrem com insônia (foto: Alexandra Gorn/Unsplash )
Levantamento da Associação Brasileira do Sono (ABS) revela que 73 milhões de brasileiros sofrem com insônia. Dormem mal e, consequentemente, lidam com prejuízos tanto para a saúde física quanto mental. Aprovado em 2019 pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, o lemborexant, apontado como o melhor medicamento para a insônia, agora está em análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode chegar às farmácias do país em 2023, acredita a farmacêutica que produz a droga, a japonesa Eisai. 

Vendido pelo nome comercial de dayvigo, nos EUA, o medicamento foi eleito pela Oxford como o remédio contra insônia de melhor perfil de eficácia, aceitabilidade e tolerabilidade entre 36 medicamentos, depois de uma revisão de estudos feitos em mais de quatro décadas. O resultado foi publicado pela revista científica The Lancet. 

A diferença do lemborexant para os demais é que ele age por uma via diferente do cérebro, bloqueando o sistema orexina (hipocretina), um neurotransmissor que tem como função manter a vigília e o despertar. 

Leia também: Paralisia do sono: o que é e como se manifesta.

Dependência e risco de demência

Já os medicamentos mais receitados no Brasil, os benzodiazepínicos, em vez de inibir a vigília, induzem um neurotransmissor chamado gaba, que diminui a atividade do sistema nervoso, provocando a sensação de relaxamento e sono. O problema é que seu uso crônico  causa dependência e aumenta o risco de demência.

“Deve-se notar que o lemborexant age através de uma via diferente no cérebro, o sistema neurotransmissor orexina (hipocretina), um mecanismo novo de ação. O direcionamento mais seletivo dessa via e dos receptores de orexina pode levar a melhores tratamentos farmacológicos para a insônia”, afirma o professor de psicofarmacologia da Universidade de Oxford e co-autor do estudo, Philip Cowen, em comunicado.

Leia também: 
Estudos comprovam como a pandemia da COVID-19 afetou a qualidade do sono.


A aprovação do lemborexant, em análise na Anvisa desde 2021, não ocorreu ainda por conta das prioridades demandadas pela pandemia, com foco totoal na aprovação das vacinas e medicamentos usados na prevenção e tratamento da COVID-19.



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