Os homens nascem, crescem, estudam, trabalham, se apaixonam, encontram algum lugar para morar, se casam e têm filhos. Se a vida seguisse mais ou menos a ordem natural das coisas (não exatamente nessa sequência), décadas atrás isso até funcionaria e ser um bom pai também seria mais ou menos uma receita de bolo.
A sociedade mudou e novas configurações familiares passaram a reger grande parte das famílias. A figura do pai excessivamente autoritário de antigamente (e que na época funcionava) deu lugar a um pai amigo, parceiro e participativo na vida dos filhos.
Antigamente, os pais incorporavam funções como prover o sustento da família, trabalhar o dia todo e chegar em casa somente à noite, jantar com a família reunida, dormir e no dia seguinte pegar cedo no batente.
O fim de semana servia para passeios com os filhos na praça do bairro, para pedalar ou para levá-los ao shopping e lanchar sanduíches, batata e refrigerante.
Os pais de antigamente passavam menos horas com seus filhos, papel que cabia mais às mães, que ficavam responsáveis por lidar com as inseguranças, sonhos e medos de seus filhos.
Mas nos últimos anos, esse perfil mudou radicalmente. Enfim, ser pai vai muito além de preencher uma certidão de nascimento ou pagar as contas no fim do mês. No caso dos casais separados, é muito mais do que somente pagar a pensão ou ligar uma vez por semana. Listamos alguns aspectos que definem os pais atuais:
Os pais de hoje
Eles são modernos, participativos e afetuosos. Veja abaixo algumas dessas características:
» Sempre presentes
Talvez pelo fato de esses filhos de ‘’pais de fim de semana’’ terem vivenciado uma paternidade menos presente, eles não queiram cometer os mesmos erros, na tentativa de vivenciar uma outra experiência de vida.Por isso, eles são bem mais presentes na vida dos filhos – desde a hora do parto, passando por datas comemorativas,até momentos históricos, como a primeira prova importante, a carteira de motorista, o vestibular, o casamento e o nascimento dos netos.
» Longevidade da função
A função de ser pai não tem mais data de validade. Se antigamente os pais cuidavam de seus filhos mais incisivamente até os 18 anos, agora desempenhar o papel virou uma experiência de vida, ou seja, um sentido para a própria vida.
» Participação ativa na educação dos filhos
Participar da educação de um filho não é simplesmente levá-lo à escola ou pagar as mensalidades. O conceito é muito mais amplo que isso.
Ao longo da vida escolar, a criança tem vários percalços que talvez necessitem de uma participação mais profunda do pai, seja na interação da criança com os colegas, seja no desempenho escolar ou nas atividades que envolvem eventos esportivos, como torneios, gincanas e olimpíadas.
Mostrando-se presente, ele estabelecerá uma relação de companheirismo e confiança com o filho.
» Proatividade nos cuidados diários
E quem disse que o pai não pode ser completo? Abaixo a frase de que “homem ajuda nos cuidados com o filho”.
Nos últimos anos, o homem tem deixado essa zona de conforto de ser apenas um ajudante, passando a atuar como um protagonista quando os filhos são o tema. Portanto, ele divide, meio a meio, funções como dar banho, trocar de roupa, preparar a ‘papinha’ e pôr o filho para dormir.
É claro que algumas atividades – como a amamentação – cabem à mãe, mas isso não impede que ele participe dando suporte a ela, caso seja solicitado.
» Garantia de segurança da família
Um bom pai deve garantir a segurança da família, não deixando ser essa preocupação apenas materna, seja investindo no futuro dos filhos, na educação e no bem-estar deles.
Pensar lá na frente é uma forma de garantir essa segurança.
» Referência para os filhos
Ser pai é construir. A construção da imagem de pai e o esforço para ser um exemplo para os filhos são formas de se tornar uma referência na família. Um pai de verdade quer ser referência para seus filhos – desde ensinando-os a tratar bem as pessoas até explicando a eles as dificuldades da vida.