Um estudo da Universidade de Toronto Mississauga mostra que ter experiências sexuais mais cedo pode significar um melhor funcionamento sexual no futuro. A pesquisa teve o objetivo de explorar os resultados de uma "estreia sexual" precoce.
A autora do texto, Diana Peragine, queria ainda contrapor outros estudos que associavam relações sexuais mais cedo na vida com riscos à saúde sexual e uma série de resultados negativos como uma gravidez não planejada, DSTs e até mesmo exploração e abuso sexual.
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Vida sexual começa mais cedo com o passar das gerações
A partir dos questionários foi possível identificar que aqueles que tiveram experiências sexuais precoces apresentaram menos dificuldades sexuais nos domínios analisados e, portanto, tinham uma função sexual mais saudável. A média de início das relações sexuais entre os participantes do estudo foi de 17 anos.
No estudo, 93% dos participantes indicaram que já tiveram alguma experiência sexual antes de se envolver em relações sexuais – incluindo contato sexual anterior, orgasmo e estimulação sexual.
Peragine aponta que capturar experiências sexuais além da relação sexual foi importante porque a adolescência é uma época de descoberta e experimentação sexual, e a relação sexual raramente marca o início da atividade sexual para os jovens. Outros estudos já apontam para o inicio da vida sexual mais cedo com o passar das gerações.
Além disso, ela pontua também que a função sexual saudável é fundamental para a saúde sexual e deve ser contada entre os possíveis resultados de saúde de uma iniciação sexual precoce.
Para Peragine, o estudo elucida mais questões sobre as primeiras experiências sexuais e os impactos positivos na saúde que esses eventos têm mais tarde na vida. Ela espera também que o estudo possa informar melhor a educação sexual – particularmente a educação apenas para abstinência.
"Nossas descobertas não apenas contradizem essa visão, mas (indicam) que os esforços para retardar a atividade sexual podem acarretar um risco”, diz ela. A educação apenas para abstinência “pode até ser prejudicial para a saúde sexual dos jovens a longo prazo – pelo menos no que diz respeito à capacidade de sexo funcional e saudável”, garante.