O Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar uma vacina dupla, que combate o vírus original da COVID-19 e a variante ômicron mais recente.
A vacina atualizada oferecerá uma proteção melhor contra as versões mais recentes do novo coronavírus. A fabricante Moderna disse que poderia começar a fornecer doses nas próximas semanas.
As autoridades de saúde ressaltam que as pessoas devem tomar qualquer reforço, pois todas as vacinas oferecem proteção.
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As vacinas originais usadas na pandemia foram pensadas para treinar o organismo para combater a primeira forma do vírus que surgiu em Wuhan, na China, no final de 2019.
Desde então, o novo coronavírus sofreu uma mutação substancial, com um fluxo de novas variantes que podem driblar algumas de nossas defesas imunológicas. Elas causaram grandes surtos em todo o mundo.
'Ferramenta afiada'
A vacina da Moderna tem como alvo tanto a cepa original quanto a primeira variante ômicron (BA.1). Ela é conhecida como uma vacina bivalente, porque visa combater duas formas da COVID.
A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido avaliou os testes e aprovou a vacina para uso em adultos.
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June Raine, diretora-executiva da agência reguladora, disse: "A primeira geração de vacinas contra a COVID-19 continuam fornecendo uma proteção importante contra a doença e salvando vidas. O que esta vacina bivalente nos dá é uma ferramenta afiada em nosso arsenal para nos ajudar a nos proteger da doença à medida que o vírus continua evoluindo".
Os resultados dos testes feitos em 437 pessoas mostraram que a vacina atualizada é segura e dá uma melhor proteção imunológica contra as variantes mais recentes.
Os níveis de anticorpos que foram capazes de aderir e desativar a ômicron (BA.1) foram maiores nas pessoas que receberam a nova vacina. Testes contra variantes mais recentes da ômicron (BA.4 e BA.5) também demonstraram ter níveis mais altos de proteção com a vacina atualizada.
No entanto, é incerto o que enfrentaremos nos próximos meses e qual será o desempenho da vacina atualizada.
Stéphane Bancel, diretor-executivo da Moderna, disse estar "encantado" com a aprovação da vacina.
Ele disse: "Isso representa a primeira autorização de uma vacina bivalente contendo ômicron. Esta vacina bivalente tem um papel importante a desempenhar na proteção das pessoas no Reino Unido em relação à COVID-19, à medida que entramos nos meses de inverno".
No Reino Unido, receberão alguma dose de reforço trabalhadores da área da saúde e assistência social; pessoas com 50 anos ou mais; cuidadores com mais de 16 anos; pessoas com mais de 5 anos cuja saúde as coloca em maior risco (isso inclui grávidas; e pessoas com mais de 5 anos que compartilham uma casa com alguém com um sistema imunológico enfraquecido.
Originalmente, pessoas com idades entre 50 e 65 anos não seriam imunizadas. No entanto, a campanha de imunização foi ampliada devido à rápida disseminação de variantes, incerteza se o vírus sofrerá mutação e a expectativa de que seremos mais sociais neste inverno do que nos anos anteriores - dando ao vírus mais chance de se espalhar.
A Moderna não é a única empresa que atualiza suas vacinas. A Pfizer também vem desenvolvendo imunizantes para combater a ômicron.
- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62441003
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