Segundo o Observatório de Oncologia, o mieloma múltiplo (MM) representa de 10 a 15% dos cânceres hematológicos. Apesar de haver poucos dados epidemiológicos sobre a doença no Brasil, estima-se que mais de sete mil casos são identificados por ano. Pesquisa feita pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE) constatou que os procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o mieloma múltiplo estão concentrados nos estados de São Paulo (25,52%) e Minas Gerais (12,75%), seguidos pelo Rio Grande do Sul (8,43%) e Rio de Janeiro (8,25%).
“O mieloma múltiplo é o principal tumor maligno ósseo que se desenvolve na medula óssea e gradativamente enfraquece os ossos. Por essa razão, o paciente pode sentir lombalgia, dor nas pernas, fadiga – porque tem seu sistema imunológico comprometido, podendo desenvolver anemia e ter sangramentos por distúrbio da coagulação – e sofrer fraturas por trauma mínimo, mais comumente nas regiões da coluna, bacia e do fêmur proximal", avisa o ortopedista oncológico.
Tumor afeta homens e mulheres com mais de 60 anos
O tumor afeta homens e mulheres com idade superior a 60 anos e, de acordo com Rodrigo Gandra, não está associado a fatores de risco. “No entanto, praticar exercícios físicos regularmente, manter uma alimentação equilibrada e abandonar o tabagismo são hábitos que ajudam a proteger o organismo e podem prevenir diversos tipos de câncer, inclusive o mieloma múltiplo. Isso porque a obesidade promove alterações hormonais e um estado inflamatório crônico, que estimulam a proliferação celular e inibem a morte celular programada que garante a manutenção de tecidos e órgãos”, endossa.
O ortopedista oncológico informa que o tratamento do MM é administrado de forma individualizada, “considerando seu estadiamento, e pode envolver cirurgia para remoção do tumor, radioterapia ou quimioterapia”.