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Estado de Minas #PRAENTENDER

Vídeo explica o que é síndrome de burnout

Insegurança, desesperança e sentimento de fracasso são alguns dos sintomas para essa sobrecarga muito comum atualmente. Psicóloga fala sobre origem e tratamento


18/08/2022 16:19 - atualizado 14/09/2022 15:52

Trabalhadores que têm a sensação de incapacidade em realizar tarefas que antes eram simples, devido a um esgotamento mental depois de situações de trabalho desgastantes. Esse é o principal sintoma da síndrome de burnout, que tem atingido cada vez mais pessoas e que a Organização Mundial da Saúde considera, desde 2019, um “fenômeno ligado ao trabalho”, de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde.

Neste vídeo da série #PraEntender falamos sobre as origens dessa síndrome e tratamentos, além de mostrar porque as mulheres são as maiores vítimas. Por ser uma doença relacionada ao trabalho, muitos pesquisadores acreditam que a síndrome de burnout é uma manifestação mais recente, já que a cobrança por resultados e métricas se intensificou no século 21.

Além disso, antigamente, cada profissional era super especializado na função que desempenhava. Hoje, as empresas buscam pessoas que possam realizar várias tarefas. 

Em geral, o burnout é desencadeado quando o trabalhador é requisitado para alguma tarefa e, por não ser capacitado para a função ou já estar desempenhando outras atividades, não consegue cumprir o que foi pedido. Como resultado, ele fica sobrecarregado e, ao mesmo tempo, se sentindo incapaz, porque ele quer fazer o que foi pedido, mas não tem como cumprir os prazos e metas nas condições impostas.

O relatório "Woman in Workplace" de 2021 revelou que 42% das entrevistadas afirmaram sofrer sintomas de burnout. Ou seja, a doença atinge principalmente mulheres. A pesquisa é o maior estudo já feito nos Estados Unidos sobre a presença das mulheres no mundo corporativo, mostrou resultados preocupantes.
arte mostra mulher sobre efeitos de burnout
Pesquisa mostra o motivo de o burnout afeta mais mulheres atualmente (foto: Soraia Piva/EM/D.A Press)

Efeitos ampliados na pandemia

Trabalho, tarefas domésticas, cuidado com os filhos são uma sobrecarga recorrente na vida pessoal e profissional de muitas mulheres. Uma pressão que se agravou no auge da pandemia de COVID-19.

Segundo Bruna Abrantes, psicóloga no Instituto Meraki Saúde Mental, em Brasília, a pandemia fez com que os papéis sociais desempenhados por mulheres se intensificassem.

"Ficou mais difícil de colocar limites, delimitar espaços, então, a casa que já era um ambiente com muitas tarefas, de repente também se tornou o local de trabalho. Tudo isso vivido ao mesmo tempo, no mesmo espaço, se tornou um ambiente muito propício para gerar um grande esgotamento", explica Bruna.

Tratamentos para burnout

Os tratamentos são variados, mas na maioria dos casos envolve psicoterapia e medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos. Especialistas também recomendam mudanças nas condições de trabalho, nos hábitos e estilos de vida, além de atividade física regular. Tudo isso ajuda e muito no tratamento da síndrome. 

Bruna Abrantes também explica que duas coisas são muito importantes na hora de tratar o burnout, a pessoa que está sofrendo reconhecer os limites e entender que precisa viver a vida de uma forma equilibrada.

"O trabalho é uma dimensão da vida extremamente importante e gratificante, mas ele não é a única dimensão. Saber reservar o tempo adequado pro trabalho e não permitir que ele invada as outras dimensões da vida é extremamente importante para um bom descanso, para um sono adequado, para relações de qualidade", continua a psicóloga.


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