Um novo estudo, publicado na revista Nature Genetics, descobriu mais de 70 genes que estão fortemente associados ao autismo, além de 250 componentes do DNA com fortes ligações com a condição. A análise é a maior do tipo até agora e inclui mais de 150 mil participantes, 20 mil dos quais diagnosticados com o transtorno do espectro autista (TEA).
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Entre as descobertas, está a de que genes ligados predominantemente ao atraso no desenvolvimento tendem a ser ativos no início da formação dos neurônios, enquanto aqueles relacionados ao autismo tendem a desempenhar um papel em células mais maduras. Além disso, em uma análise de mais de 20 mil amostras de indivíduos com esquizofrenia, os pesquisadores constataram que os componentes do DNA fortemente associados ao TEA também podiam aumentar o risco da doença psiquiátrica.
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"Essas análises indicam que existem fatores de risco genéticos compartilhados entre o autismo e outros distúrbios neurológicos e psiquiátricos", disse Buxbaum. "Quanto mais pudermos avançar na terapêutica, com base nos alvos identificados nessas descobertas genéticas, mais pessoas teremos o potencial de ajudar", conclui.