Jornal Estado de Minas

PARIS

Atividade física parece limitar riscos vinculados à COVID, diz estudo

As pessoas que praticam atividade física regularmente correm menos risco de se infectar com COVID e de desenvolver sintomas graves, conclui um estudo publicado nesta terça-feira (23/8), mas com limitações admitidas por seus próprios autores.





 

"Uma atividade física regular está associada a um menor risco de infecção" ao coronavírus, assim como para um melhor prognóstico em questão de "hospitalizações, gravidade e mortalidade", diz o estudo publicado no British Journal of Sports Medicine.


Já está bem estabelecido que uma boa atividade física favorece uma melhor resposta do organismo às doenças respiratórias em geral, mas este trabalho se concentra na COVID.

 


Não se trata de um estudo isolado, mas de uma análise que retoma e compila em torno de 15 trabalhos pré-existentes.



Os autores indicam que uma atividade física regular reduz ligeiramente o risco de infecção e, sobretudo, os de hospitalização (-36%) e de morte (-43%).

 

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Para alcançar o ponto máximo, os autores estimam que sejam necessários pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.

Contudo, o estudo tem limitações e não permite concluir quais mecanismos imperam no organismo.

É provável que uma boa atividade física melhore a resposta imunológica, mas também que limite alguns fatores de risco ante a COVID como o sobrepeso.



Os autores advertem que as conclusões devem ser tomadas "com precaução" porque a metodologia dos estudos usados varia muito.

A maioria se baseia nos dados fornecidos pelos pacientes sobre sua atividade física, não em uma avaliação objetiva.

Os pesquisadores tampouco descartam um risco de tendência que leve a publicar somente os estudos com conclusões sobre um suposto efeito positivo da atividade física.

Mas "nossas conclusões poderiam orientar os médicos e as autoridades sanitárias" sobre o nível de atividade física para recomendar, em particular nos casos de alto risco de COVID, concluem os autores.