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SAÚDE

Cefaleia ou enxaqueca? Sabe a diferença?

Um dia cansativo e estressante, quase sempre pode terminar com uma chata dor de cabeça. Seja por exaustão física, mental ou relacionada a alguma doença, o fato é que mais da metade da população nacional sofre com dores de cabeça. Um número que soma cerca de 140 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia.





Com dados tão expressivos, você deve estar se perguntando o porquê tanta gente vive com dor de cabeça? A resposta é simples: porque existem mais de 150 tipos de cefaleia com diferentes causas. Por isso, a médica Natália Longo, neurologista pela Santa Casa de São Paulo e neurofisiologista pelo HCFMUSP, explica sobre quatro tipos e suas características.

“O tipo de cefaleia mais conhecida é a enxaqueca, uma das dores de cabeça mais relatadas e mais fáceis de identificar. A dor geralmente é latejante, unilateral, ou seja, atinge apenas um lado da cabeça, de moderada a forte intensidade e piorando quando a pessoa pratica atividade física. Além de causar sensibilidade à luz, ao som e a odores, acompanhada ou não de náuseas e vômitos”, esclarece a neurologista.

A enxaqueca é mais comum em mulheres. E uma das explicações é devido a alterações hormonais que elassofrem durante a vida. "Ou seja, quando as dores são frequentes por mais de 15 dias durante o mês e permanecem por pelo menos três meses, podemos dizer que nos deparamos com uma enxaqueca crônica. Nestes casos é necessário tratarmos para que as crises não se tornem mais frequentes e intensas. Sendo necessário ,geralmente, o uso do medicamento profilático para dor de cabeça associado uma mudança de hábitos de vida", avisa a médica. 




Enxaqueca ou cefaleia?

Diferente da enxaqueca, a cefaleia em salvas é um tipo de dor de cabeça mais comum entre os homens e, que de acordo com estudos clínicos, acomete pessoas que fazem uso de tabaco e bebidas alcoólicas. Apesar de também ser unilateral, associada a ativação autonômica - hiperemia ocular, lacrimejamento, o nariz fica congestionado do lado da cabeça, onde a dor está presente.

"Esta dor de cabeça geralmente ocorre várias vezes ao dia, com duração das crises em até120 minutos. Tais dores são tão intensas que deixam a pessoa incapacitada de realizar suas atividades do dia-a-dia", explica Natália Longo.

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Já na cefaleia cervicogênica, lembra a médica, a dor atinge a região da nuca e do pescoço, porque a origem do problema está na coluna cervical, seja por problemas de má postura, hérnia de disco, torcicolo, tensão por estresse ou até osteoporose.




Cefaleia tensional

Além dos problemas físicos, o desgaste emocional acompanhado de ansiedade e maus hábitos diários podem ser o motivo para a cefaleia tensional. Nesse tipo de dor de cabeça, a pessoa sente uma pressão na cabeça e surge principalmente no final do dia, quando o cansaço chega ao extremo.

“Na cefaleia tensional é comum que o paciente sinta irritabilidade, dores musculares e fadiga crônica. Os medicamentos fazem parte do tratamento, porém, o mais importante é encontrar uma atividade física para liberar as tensões e gerar bem-esta. Seja uma massagem, exercícios aeróbicos ou algum tipo de esporte que o paciente se identifique. Assim, é possível ter uma qualidade de vida melhor e sem tantas intervenções medicamentosas”, comenta a neurologista.

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Sinais de alarme para uma dor grave

Além das dores mais comuns do dia a dia, vale ressaltar que a dor de cabeça tem sinais de alarme para mostrar que pode ser algo mais grave, como as dores que aparecem de forma súbita e evolui rapidamente com o passar das horas.





“Sempre quando a dor de cabeça surgir muito subitamente e vier acompanhada de visão embaçada, náuseas, vômitos ou febre, a orientação é que o paciente procure atendimento médico imediato. E, caso a dor não seja repentina, mas seja recorrente, o ideal é que a causa seja investigada por um médico neurologista”, enfatizou Natália Longo.

A neurologista ainda destaca que o que impede muitas pessoas de terem uma qualidade de vida melhor em relação às cefaleias é a automedicação, que disfarça os sintomas e a necessidade de uma consulta médica. Sendo assim, se o paciente apresentar dores recorrentes ou uma dor mais intensa do que está acostumado a sentir, o ideal é procurar atendimento médico especializado.