O tabagismo está entre um dos principais causadores de doenças crônicas e mortes no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 8 milhões morrem por ano em decorrência de males associados ao tabagismo. O hábito é considerado a terceira causa de redução longevidade. “A relação entre doenças e o tabagismo são amplamente conhecidas. Porém, o hábito também pode interferir no resultado de procedimentos e cirurgias feitas em prol do bem-estar e da beleza do paciente”, comenta Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
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Cigarro eleva a produção de radicais livres
Além disso, o cigarro eleva a produção de radicais livres no organismo, proporcionando o envelhecimento precoce das células, o que contraria os objetivos dos procedimentos de rejuvenescimento estético, por exemplo, fazendo com que os resultados não sejam tão satisfatórios.
No entanto, estudos revelam que parar de fumar quatro semanas antes de uma cirurgia é suficiente para reduzir os riscos e melhorar os resultados da recuperação no pós-operatório. Confira a seguir mais orientações sobre tabagismo e cirurgia plástica.
Dicas para o paciente fumante
Na primeira consulta com o cirurgião plástico mencione que é fumante e siga as orientações dele para obter o melhor resultado na cirurgia plástica. Normalmente, o ideal é parar de fumar um mês antes do procedimento. Se não for possível, reduza o máximo que conseguir. Evite fumar no mês seguinte à cirurgia para facilitar a cicatrização e não interferir na sua recuperação. Aproveite para repensar na manutenção do hábito de fumar.
Como as substâncias do cigarro prejudicam no pós-operatório
- Complicações cardíacas: a nicotina e o monóxido de carbono presentes no cigarro podem diminuir os níveis de oxigênio no sangue que são levados ao coração e pulmão.
- Danos ao pulmão: o tabagismo danifica os pulmões, dificultando a circulação de ar, o que é ainda mais necessário no pós-cirúrgico, aumentando o risco de complicações.
- Problemas de cicatrização e baixa imunidade: fumar compromete o sistema imunológico do paciente e o deixa vulnerável a infecções no local da ferida uma vez que atrasa a cicatrização. O cigarro está associado à diminuição da capacidade do corpo em fornecer nutrientes necessários para cura após a cirurgia.
- Necroses: a cirurgia plástica trabalha com descolamentos de graus tecidos e da pele gerando uma diminuição da vascularização que é controlada, mas com os efeitos de vasoconstricção da nicotina aumenta muito as possibilidades de má vascularização e necrose em graus variados.
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