A Argentina registrou uma terceira morte por pneumonia dupla de origem desconhecida na província de Tucumán (noroeste) e investiga se foi o doente zero do surto, informaram nesta quinta-feira (1º/9) as autoridades de saúde.
"Trata-se de uma paciente de 70 anos que estava internada em um hospital privado", informou o ministro de Saúde da província, Luis Medina Ruiz, em coletiva de imprensa.
Entre os infectados, o Ministério da Saúde descartou COVID, gripe, influenza, hantavírus e legionela como as causas.
"Estamos estudando a origem do surto e o vínculo epidemiológico, ainda estamos em processo de investigação", explicou o ministro.
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Até a quarta-feira, as autoridades haviam relatado seis casos e nesta quinta, mais três infecções.
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A terceira falecida era a única entre os infectados que não pertencia aos funcionários de saúde da clínica privada de San Miguel de Tucumán (1.300 km ao norte de Buenos Aires), onde os casos foram relatados e que foi isolado por precaução.
"Até o momento, não temos registro fora dessa instituição", apontou nesta quinta o infectologista Mario Raya, vice-diretor do hospital Centro de Saúde Zenón Santillán.
"É um surto em um local determinado, com uma causa específica e uma certa quantidade de pessoas. Até o momento está em investigação tudo sobre a patologia que possa ser", acrescentou.
A AFP tentou contactar a clínica, que não fez comentários, assim como os familiares que estão do lado de fora da unidade.
- Novos casos -
A nova vítima fatal "tinha sido operada por um problema na vesícula e reoperada duas vezes. A partir daí, teve um quadro de infecção pulmonar que coincide com a data de aparecimento (dos sintomas) dos outros doentes", disse o ministro.
"Não está muito claro qual foi o início porque tudo aconteceu por volta de 20 de agosto. Entendemos que é a paciente zero, mas isso está em estudo", acrescentou Medina Ruiz.
As amostras dos seis primeiros casos estão sendo investigadas pelo laboratório do Instituto Malbrán, referência no país.
Os três novos casos relatados "são profissionais de saúde do hospital que começaram com sintomas por volta de 20 e 23 de agosto, portanto, em princípio, correspondem ao mesmo surto e ao mesmo local de infecção", disse Medina Ruiz.
Trata-se de uma auxiliar de farmácia que permanece internada com assistência respiratória, um enfermeiro também hospitalizado e outro que se mantém sem sintomas graves e isolado em casa.
"Até agora não encontramos nada que permita saber qual foi a causa do surto e, portanto, por se tratar de uma doença desconhecida, não sabemos bem a evolução", explicou.
Segundo relatos, "a maioria dos pacientes começou com vômitos, febre alta, diarreia e dores no corpo, com uma evolução mais complicada em alguns".
Os primeiros seis infectados começaram com sintomas entre 18 e 22 de agosto. Desse grupo, de acordo com autoridades, dois seguem internados e um sob isolamento domiciliar.
"O que existe em comum entre esse pacientes é o quadro respiratório severo com pneumonia bilateral e comprometimento em imagens muito parecido com a covid", afirmou Medina Ruiz na quarta-feira.
Está sendo apurado se os contágios poderiam ter ocorrido por meio das tubulações de água ou dos dutos de ar condicionado da clínica.