Você sabia que o mês de setembro é dedicado à conscientização da importância da doação de órgãos para transplantes? Os desafios são grandes: rejeição das famílias em doar, desconhecimento sobre o assunto e o curto tempo entre a retirada do órgão e sua implantação.
Por isso, a Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) realiza a ‘Campanha de Doação de Órgãos para Transplantes: Unidos pela vida’ para conscientizar a população sobre a importância de ser um doador de órgãos.
Durante todo o mês de setembro, serão realizadas ações sobre o tema, com os PodCasts AMMG (https://ammg.org.br/podcasts/) e treinamento para estudantes de medicina, visando esclarecer, sobretudo, a abordagem das famílias e como as pessoas podem se tornar doadoras. A sede da entidade também será iluminada para chamar a atenção da população na segunda quinzena do mês.
Por isso, a Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) realiza a ‘Campanha de Doação de Órgãos para Transplantes: Unidos pela vida’ para conscientizar a população sobre a importância de ser um doador de órgãos.
Durante todo o mês de setembro, serão realizadas ações sobre o tema, com os PodCasts AMMG (https://ammg.org.br/podcasts/) e treinamento para estudantes de medicina, visando esclarecer, sobretudo, a abordagem das famílias e como as pessoas podem se tornar doadoras. A sede da entidade também será iluminada para chamar a atenção da população na segunda quinzena do mês.
De acordo o Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (RBT ABTO), em 2021, a taxa de notificação de potenciais doadores foi a maior já obtida, sendo 5,5% superior à de 2019 e 14% à de 2020.
Entretanto, a taxa de doadores efetivos foi 17% inferior à de 2019 e 45% menor que a de 2020. O levantamento aponta que o grande responsável por essa queda na doação, apesar do aumento da notificação, foi a diminuição de 21% em relação a 2019 e 16% comparado com 2020, da taxa de efetivação à doação (26%). A principal causa da queda na taxa de efetivação da doação foi o aumento de 60% da taxa de contraindicação à doação, que passou de 15% em 2019 para 24% em 2021.
O aumento aconteceu devido às medidas tomadas no início da pandemia para evitar a transmissão da Covid-19 pelo transplante, já que o risco de transmissão era desconhecido e poderia ser alto. Já há dados na literatura sugerindo que esse risco é mínimo ou ausente, com exceção do transplante de pulmão e, portanto, essas medidas devem ser revisadas.
Entretanto, a taxa de doadores efetivos foi 17% inferior à de 2019 e 45% menor que a de 2020. O levantamento aponta que o grande responsável por essa queda na doação, apesar do aumento da notificação, foi a diminuição de 21% em relação a 2019 e 16% comparado com 2020, da taxa de efetivação à doação (26%). A principal causa da queda na taxa de efetivação da doação foi o aumento de 60% da taxa de contraindicação à doação, que passou de 15% em 2019 para 24% em 2021.
O aumento aconteceu devido às medidas tomadas no início da pandemia para evitar a transmissão da Covid-19 pelo transplante, já que o risco de transmissão era desconhecido e poderia ser alto. Já há dados na literatura sugerindo que esse risco é mínimo ou ausente, com exceção do transplante de pulmão e, portanto, essas medidas devem ser revisadas.
Ainda segundo levantamento da RBT ABTO, houve um prejuízo em 2021 para a doação e o transplante com a manutenção destas medidas, pois dos 12.215 potenciais doadores notificados, 2.781 (23%) foram contraindicados. A expectativa é obter, em 2022, as taxas de doação e transplantes prévias à pandemia.
De acordo com o diretor Científico da AMMG e coordenador do Serviço de Transplante de Fígado da Santa Casa de Belo Horizonte, Agnaldo Soares Lima, há anos tenta-se melhorar o número de doadores para beneficiar mais pacientes que estão na fila. Além disso, a fila de espera não é muito grande em Minas, o que não quer dizer que não há pessoas precisando do transplante.
“Isso reflete um outro tipo de problema que não é dependente da doação, mas sim da organização do Estado no referenciamento dos pacientes para os serviços de transplante. Quando no interior de Minas não existe a estrutura necessária para o transplante de fígado e uma pessoa é identificada como um doente que precisa do mesmo, tem que haver uma mobilização das secretarias municipal e estadual de saúde para que ele alcance um serviço transplantador, seja em Belo Horizonte, Montes Claros, Juiz de Fora ou em Itajubá, onde há esses serviços no Estado. As filas em Minas, sobretudo no que diz respeito ao fígado, são pequenas. Isso significa que pessoas doentes estão sem a devida assistência.”
“Isso reflete um outro tipo de problema que não é dependente da doação, mas sim da organização do Estado no referenciamento dos pacientes para os serviços de transplante. Quando no interior de Minas não existe a estrutura necessária para o transplante de fígado e uma pessoa é identificada como um doente que precisa do mesmo, tem que haver uma mobilização das secretarias municipal e estadual de saúde para que ele alcance um serviço transplantador, seja em Belo Horizonte, Montes Claros, Juiz de Fora ou em Itajubá, onde há esses serviços no Estado. As filas em Minas, sobretudo no que diz respeito ao fígado, são pequenas. Isso significa que pessoas doentes estão sem a devida assistência.”
A campanha conta com o apoio da Sociedade dos Acadêmicos de Medicina de Minas Gerais (SAMMG), da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (FM UFMG), do Hospital das Clínicas da UFMG (HC UFMG), Felício Rocho e Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte.
Dados de transplantes de órgãos 2021
- 48.673, pacientes ativos na lista de espera, deste número, 5.579 em Minas Gerais
- 1.090, pacientes pediátricos na lista de espera, deste número, 110 em Minas Gerais
- 767 notificações em Minas Gerais
- 211 números de doadores efetivos no estado