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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Dia do Sexo: ato traz inúmeros benefícios à saúde

Prática proporciona melhora geral na qualidade de vida, na circulação e no equilíbrio de hormônios


06/09/2022 09:30 - atualizado 06/09/2022 09:30

homem deitado na cama e mão de uma mulher segurando uma camisinha
As preliminares, os momentos com o parceiro ou a parceira e a excitação devem ser curtidos sem pressa. Sexualidade é autoconhecimento (foto: Sasin Tipchai/Pixabay )
Falar sobre sexo ainda é um tabu coberto de censuras, que deveriam ser deixadas de lado, já que a prática pode oferecer diversos benefícios à saúde. E o Dia do Sexo surgiu justamente de uma brincadeira, para dar mais leveza ao tema. A data ganhou o imaginário brasileiro e se popularizou pelo "trocadilho numérica", de duplo sentido, que envolve o "seis de setembro": 6/9 remete a uma posição sexual, popularmente conhecida como “69”. A celebração, lembrada anualmente de forma simbólica, surgiu em 1999, após a campanha publicitária de uma marca de preservativos, cujo intuito era o de promover produtos adultos e ações relacionadas ao assunto.

Segundo Vanessa Machado, ginecologista do Vera Cruz Hospital, ao chegar ao auge sexual, o corpo humano libera endorfinas, que dão sensação de bem-estar, ativam a circulação sanguínea e proporcionam relaxamento, equilíbrio dos hormônios, alívio de dores e estresse, melhora da qualidade de vida, do sono, do sistema imunológico e ainda queima calorias.
“O orgasmo leva a uma descarga repentina da tensão sexual e, nesse momento, inúmeras áreas do cérebro são ativadas. Os níveis de oxigenação e do fluxo de sangue aumentam consideravelmente, melhorando a circulação no coração e no cérebro. O prazer sexual proporciona muitos benefícios, como reduzir o estresse e a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar devido à liberação de ocitocina (o hormônio da felicidade), além de favorecer a saúde mental das mulheres”, enumera a médica. 

Prazer é uma recompensa 

Vanessa Machado, ginecologista do Vera Cruz Hospital
Vanessa Machado, ginecologista do Vera Cruz Hospital, diz que ao chegar ao auge sexual, o corpo humano libera endorfinas, que dão sensação de bem-estar, ativam a circulação sanguínea e proporcionam relaxamento equilíbrio dos hormônio (foto: Arquivo Pessoal)

Outro fator apontado pela ciência como motivador sexual é o instinto biológico de procriação. “A teoria é a de que o prazer é uma recompensa tão agradável que aguça o engajamento no sexo e a procriar. Sem essa ‘recompensa’, talvez o ser humano não se interessasse por sexo e nossa espécie poderia ser extinta", destaca Vanessa Machado.

Entretanto, atingir o clímax não é tão fácil, segundo pesquisa do Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que ouviu três mil participantes, com idade entre 18 e 70 anos: metade das pessoas relatou não ter orgasmo nas relações sexuais; 55,6% das mulheres têm dificuldade para chegar ao orgasmo, sendo que 67% têm dificuldade para se excitar, e outras 59,7% têm dor na relação.

Leia também: 
Dia do Sexo: somente 26,7% das brasileiras não fingem orgasmos.


Outro estudo,feito pelo Standford University Medical Center, diz que a maioria das mulheres jovens e saudáveis que reclama de não atingir o orgasmo descobre que isso tem mais relação com fatores psicológicos do que físicos. “A mulher acaba vítima da vida corrida, do serviço extenuante, de longas jornadas de trabalho, do cansaço, da vergonha do corpo, de opressões da sociedade. Essas queixas se tornaram frequentes na prática clínica nos últimos anos em razão da pandemia”, conta a especialista.

As preliminares

Conforme a ginecologista, a relação sexual é muito mais do que o orgasmo e não pode (e nem deve) estar condicionada apenas ao ato da penetração. “As preliminares, os momentos com o parceiro ou a parceira e a excitação devem ser curtidos sem pressa. Sexualidade é autoconhecimento. Nós mulheres somos as únicas na face da terra a ter um órgão dedicado exclusivamente ao prazer. Que possamos usá-lo sem culpa, no nosso ritmo e do nosso jeito. A dica é aproveitar mais a experiência do sexo como um todo e não focar apenas no orgasmo”, conclui a médica.
  
 


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