O teste do pezinho é um importante aliado na descoberta de novos casos da fibrose cística. A afirmação é da assessora em genômica e genética do Laboratório Lustosa, Fernanda Soardi. Neste Dia Mundial da Fibrose Cística, lembrado nesta quinta-feira (8/9), a especialista comemora as ações, estudos e avanços já conquistados na luta contra a doença, que, no entanto, permanece sem cura e com uma incidência alta. Apenas em Minas Gerais, segundo a Associação Mineira de Assistência à Mucoviscidose, 1 em cada 10 mil nascidos vivos têm essa condição clínica. A estatística se repete quando analisados os casos no Brasil. De acordo com o Registro Brasileiro de Fibrose Cística, mais de 5 mil pessoas são acometidas pela doença em todo país.
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Diagnóstico precoce define tratamento adequado
“Feito, preferencialmente, entre o 3º e o 5º dia de vida do recém-nascido, o teste do pezinho permite a triagem da fibrose cística e de outras condições genéticas graves e raras. Quanto mais cedo se descobrir a doença, melhor. O diagnóstico precoce é essencial para direcionarmos a criança para um tratamento mais adequado, de forma que seja possível que ela tenha uma vida com qualidade”, afirma Fernanda Soardi.
Há outras opções de exames genéticos
Teste do pezinho
O teste do pezinho ampliado, que está em processo de implementação no Sistema Único de Saúde (SUS), é disponibilizado pela rede particular de laboratórios e permite diagnosticar outras condições clínicas como toxoplasmose, rubéola, surdez congênita, doença de Chagas, sífilis, aids, citomegalovirose, hiperplasia da supra renal, galactosemia, deficiência de biotinidase, entre outras.
Teste da bochechinha
O Laboratório Lustosa disponibiliza também o teste da bochechinha, complementar ao teste do pezinho, que utiliza a amostra do material genético retirado da raspagem suave da bochecha interna da criança para a triagem.
No entanto, enquanto o tradicional teste do pezinho identifica apenas seis doenças graves e o ampliado cerca de 50, o da bochechinha pode identificar mais de 300 doenças de origem genética, como erros de metabolismo, deficiências de vitaminas e minerais, neoplasias, surdez e doenças renais, hematológicas, endócrinas e imunológicas.
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