Os exercícios físicos e a prática regular de esportes são algumas das principais formas de manter a saúde do corpo em dia. Essas atividades auxiliam na prevenção contra a diabetes, hipertensão, doenças respiratórias e o sobrepeso.
A chegada da primavera e o aumento das temperaturas melhoram a disposição das pessoas para a prática de atividades físicas, seja para emagrecer e melhorar o “shape”, ou apenas como um hobby. Entretanto, com os bônus chegam os ônus, e com a prática regular de exercícios aparecem lesões. E aí? A quem recorrer? Ao ortopedista esportivo.
“É verdade que, com a chegada do calor, nosso organismo responde a uma necessidade fisiológica de fazer atividades físicas. O cuidado principal é não exagerar e ir gradualmente retornando à prática. Procurar uma boa consulta ortopédica, cuidar da hidratação e procurar a ajuda de profissionais de educação física para orientar esse retorno são cuidados fundamentais”, afirma Rodrigo Otávio Dias de Araújo, ortopedista, especialista em traumatologia e medicina do esporte.
"As lesões acontecem quando, além de o atleta não estar preparado fisicamente, ele entra em um patamar em que acha que está muito bem preparado mentalmente, e cai. E, muitas vezes, ele não procura ajuda no início"
Luiz Felipe Carvalho, ortopedista
Rodrigo explica que o ortopedista esportivo tem como função tanto promover a saúde do atleta como proporcionar o máximo de desempenho esportivo com segurança, prevenção e cuidado das lesões. Segundo ele, a avaliação médica, seja cardiológica, seja ortopédica, é fundamental: “Algumas condições médicas não podem ser deixadas em segundo plano. Na prática da atividade física programada ao ar livre ou em academias, é muito importante garantir a segurança”.
“A avaliação pré-participativa dos atletas pode revelar muitas condições que provocam riscos graves ou no mínimo risco de lesões tendinosas e musculares. É fundamental também utilizar a modalidade correta dos exercícios para evitar desgastes precoces e lesões ligamentares”, completa o especialista.
PREPARO FÍSICO E MENTAL
O joelho, composto por três ossos (fêmur, tíbia e patela), tendões e ligamentos, é a maior articulação do corpo humano, e é uma das regiões mais lesionadas, especialmente como consequência de algum esporte. A área sofre com a compensação e a sustentação de peso e impactos, e, durante a prática esportiva, é utilizada de forma ainda mais intensa.
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O joelho, composto por três ossos (fêmur, tíbia e patela), tendões e ligamentos, é a maior articulação do corpo humano, e é uma das regiões mais lesionadas, especialmente como consequência de algum esporte. A área sofre com a compensação e a sustentação de peso e impactos, e, durante a prática esportiva, é utilizada de forma ainda mais intensa.
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Por ser uma região sensível, ela está mais suscetível a lesões diretas e indiretas, seja como consequência do esporte ou durante as atividades cotidianas. Alguns esportes causam mais impacto do que outros, porém existem aqueles nos quais as lesões no joelho são mais comuns de acontecer, como atletismo, futebol, lutas e artes marciais, basquete e tênis.
"As lesões acontecem quando, além de o atleta não estar preparado fisicamente, ele entra em um patamar em que acha que está muito bem preparado mentalmente, e cai. E, muitas vezes, ele não procura ajuda no início", explica Luiz Felipe de Carvalho, ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa.
De acordo com o médico, além da parte física, a lesão está diretamente ligada à parte mental, e isso vale até mesmo para os "atletas de fins de semana", como o profissional mesmo garante. Ele afirma que as lesões vêm exatamente no momento em que o indivíduo não tem uma percepção adequada do treino que está fazendo. Ou seja, o foco ao treinar é extremamente importante para evitar possíveis complicações.
“O atleta que está mentalmente preparado, tem um superfoco, e é dali pra frente que ele vai chegar aonde quer. É muito importante focar mente e corpo, conectando-os para evitar lesão”, declara Felipe.
O calor convida a corridas, futebol, tênis, beach tennis (está na onda agora) e, junto a isso, muitas sequelas ortopédicas. Então, como se prevenir para não voltar cheio de dores e lesões?
Primeiro passo: quer correr na praia?. Corra com tênis, em calçadões ou, se for na areia, que seja com a menor inclinação possível e que a areia seja mais firme. Os tênis que usamos para correr na rua ou na esteira devem ser levados para correr na praia também.
É que a corrida na areia força mais os tendões para fazer a propulsão (desprendimento do pé). Com isso, leva a tendinites frequentes do tendão calcâneo (antigamente chamado de tendão de aquiles).
Na parte frontal do pé, logo atrás dos dedos, é comum as pessoas desenvolverem metatarsalgia (dor embaixo dos ossos metatarsos – local que alguns chamam de bola do pé), que tem relação com o formato do pé (quem tem os dedos longos, maiores do que o dedão – hálux – tem mais predisposição a essa dor).
Então, caminhar muito descalço, neste grupo de pessoas, leva a fraturas de estresse de metatarsos (fraturas espontâneas) e também lesões de placa plantar (estruturas que ficam embaixo do pé, entre os ossos metatarsos e os dedos).
Sabe aquelas senhoras que têm os dedos cruzados, com deformidades que levam à dificuldade de usar calçados fechados? A maioria é por lesão de placa plantar, que tem relação com uso de salto alto e também por andar muito descalço.
Sabe aquelas senhoras que têm os dedos cruzados, com deformidades que levam à dificuldade de usar calçados fechados? A maioria é por lesão de placa plantar, que tem relação com uso de salto alto e também por andar muito descalço.
*Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie