Um tipo de dieta semelhante ao jejum reduziu os sinais de Alzheimer em camundongos geneticamente modificados para desenvolver a doença, de acordo com um estudo liderado pela University of Southern California, nos Estados Unidos. No estudo, publicado na revista Cell Reports, os pesquisadores descobriram que os animais que haviam passado por vários ciclos que imitavam a abstinência alimentar apresentavam níveis mais baixos de duas principais características da enfermidade: acúmulo da proteína beta-amiloide e emaranhados provocados pela proteína tau hiperfosforilada.
A dieta que imita o jejum (FMD, sigla em inglês) é rica em gorduras insaturadas e baixa em calorias, proteínas e carboidratos gerais e é projetada para imitar os efeitos de uma abstinência de alimentos, enquanto ainda fornece os nutrientes necessários. Além de camundongos saudáveis, a equipe investigou modelos de animais com Alzheimer, alimentados com a FMD por quatro ou cinco dias, duas vezes por mês.
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