Por Estado de Minas
O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos (Monkeypox). Ao todo, o Ministério da Saúde comprou cerca de 50 mil doses. Nessa terça-feira (4/10), desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, uma remessa com 9,8 mil. Os próximos lotes estão previstos para serem entregues até o final de 2022.
As vacinas, compradas via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), serão utilizadas para a realização de estudos, segundo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). As vacinas são seguras e são usadas contra a varíola comum ou varíola humana. Por isso, a pesquisa gerará evidências sobre imunogenicidade, efetividade e segurança do imunizante.
O estudo será coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com apoio da OMS, e financiada pelo Ministério da Saúde. O intuito é analisar se a vacina Jynneos/MVA-BN®%uFE0F contra a varíola dos macacos será efetiva para a população brasileira e reduzirá a incidência e progressão da doença.
A população-alvo do estudo será composto por pessoas mais afetadas e que tenham maior risco para a doença. Entre elas estarão, inicialmente, aquelas que tiveram contato prologado com caso confirmado de varíola dos macacos e pessoas em pré-exposição, que usam profilaxia pré-exposição (PrEP) ou estão em tratamento com antirretroviral para HIV.
Além disso, serão divulgados os centros de pesquisa que participarão do estudo, considerando cidades com uma grande quantidade de casos confirmados da doença e a infraestruturada necessária para conduzir a análise.
Segundo o Ministério da Saúde, profissionais de saúde não fazem parte do grupo prioritário da vacina, pois esses profissionais realizam coleta e atendimento aos pacientes com equipamento de proteção individual. Caso tenha contato prolongado e sem proteção com algum paciente, esses profissional poderá ser recrutado. A aquisição de novas doses da vacina segue em tratativas.