Correio Braziliense
A ingestão de ácidos graxos ômega-3, encontrados, por exemplo, em peixes de água fria, oleoginosas e folhas escuras, está associada a uma melhor estrutura cerebral e a um incremento da função cognitiva em pessoas de 40 a 50 anos. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade do Texas, em San Antonio, publicado na revista Neurology, da Academia Norte-Americana de Neurologia.
Leia Mais
Estimulação do cérebro reduziu 47% dos sintomas de TOC em pacientes severos, aponta estudoOs maiores mitos sobre o cérebro dos adolescentesÔmega-3 reduz morte de neurônios pelo vírus Zika, diz estudoCOVID-19: pesquisa analisará potencial do ômega 3 para reduzir inflamação Técnicas de aprendizagem e memorização: como aumentar potencial do cérebroComo ter memória afiada como a do neurocientista Richard Restak, de 81 anosÉ possível apagar as lembranças traumáticas do cérebro?Quais alimentos são bons (ou não) para a memóriaO estranho 'Efeito Mandela' que a ciência tenta explicarA equipe analisou a relação das concentrações de ácidos graxos ômega-3 nos glóbulos vermelhos com ressonância magnética e marcadores cognitivos do envelhecimento cerebral. Os pesquisadores também estudaram o efeito da substância em pessoas que carregam o APOE4, uma variação ligada ao maior risco de doença de Alzheimer, mas que não têm sintomas da doença. No total, participaram 2.183 pessoas.
O estudo descobriu que uma maior concentração de ômega-3 foi associada a volumes mais expressivos hipocampais. O hipocampo, uma estrutura do cérebro, desempenha um papel importante na aprendizagem e na memória. Também foi constatado que consumir mais alimentos com a substância relaciona-se a um melhor raciocínio abstrato ou à capacidade de entender conceitos complexos usando o pensamento lógico. Por fim, portadores de APOE4 com concentrações mais altas do ácido graxo têm menos incidência de doença de pequenos vasos — esse gene também está implicado em doenças cardiovasculares e demência vascular.