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Estado de Minas NUTRIÇÃO

Estudo comprova ação do ômega-3 na melhora da memória e da saúde do cérebro

Estudo associa concentração de ácidos graxos ômega-3 na corrente sanguínea à melhor função cognitiva e ao maior volume de uma região relacionada à memória


07/10/2022 13:41
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Correio Braziliense

Alimentos ricos em ômega 3
Portadores de gene que aumenta o risco de Alzheimer podem se beneficiar (foto: freepik/Divulgação)
 

A ingestão de ácidos graxos ômega-3, encontrados, por exemplo, em peixes de água fria, oleoginosas e folhas escuras, está associada a uma melhor estrutura cerebral e a um incremento da função cognitiva em pessoas de 40 a 50 anos. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade do Texas, em San Antonio, publicado na revista Neurology, da Academia Norte-Americana de Neurologia.

 

"Estudos anteriores analisaram essa associação em populações mais velhas. A nova contribuição aqui é que, mesmo em idades mais jovens, se você tem uma dieta que inclui alguns ácidos graxos ômega-3, já está protegendo seu cérebro para a maioria dos indicadores de envelhecimento cerebral que vemos na meia-idade", disse Claudia L. Satizabal, principal autora do estudo. A idade média dos voluntários foi de 46 anos.

A equipe analisou a relação das concentrações de ácidos graxos ômega-3 nos glóbulos vermelhos com ressonância magnética e marcadores cognitivos do envelhecimento cerebral. Os pesquisadores também estudaram o efeito da substância em pessoas que carregam o APOE4, uma variação ligada ao maior risco de doença de Alzheimer, mas que não têm sintomas da doença. No total, participaram 2.183 pessoas. 

 

O estudo descobriu que uma maior concentração de ômega-3 foi associada a volumes mais expressivos hipocampais. O hipocampo, uma estrutura do cérebro, desempenha um papel importante na aprendizagem e na memória. Também foi constatado que consumir mais alimentos com a substância relaciona-se a um melhor raciocínio abstrato ou à capacidade de entender conceitos complexos usando o pensamento lógico. Por fim, portadores de APOE4 com concentrações mais altas do ácido graxo têm menos incidência de doença de pequenos vasos — esse gene também está implicado em doenças cardiovasculares e demência vascular. 


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