Ao passo dos avanços tecnológicos que pipocam em várias esferas da vida, as próteses usadas no quadril também evoluem e estão cada vez mais modernas - tanto que as pessoas estão até fazendo até atividades físicas competitivas com elas, informa o médico ortopedista David Gusmão.
O quadril é uma das articulações fundamentais para o funcionamento pleno do corpo. É formado pelo fêmur (osso da coxa) e o acetábulo (uma parte do osso da bacia), além de outras estruturas, como músculos, cartilagem, ligamentos e nervos. Todo esse conjunto evidencia que esta é uma das principais articulações de carga do corpo humano.
Quando está em harmonia, esse sistema permite que a pessoa execute atividades cotidianas básicas, como sentar, vestir roupas, subir escadas, correr, agachar, cruzar as pernas, entre outros movimentos. Por outro lado, cerca de 15 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de artrose que limita essas ações, e daí entra em ação um outro tratamento.
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Para recuperar a qualidade de vida, é comum que a pessoa coloque uma prótese nessa região. Segundo David Gusmão, as técnicas atuais têm trazido uma melhora significativa para o paciente. "Depois de sofrer com as dores, ao colocar a prótese a condição apresenta resultados tão positivos que há aqueles que até se aventuram em fazer atividades físicas mais intensas".
Mas é preciso cautela e atenção para quem deseja praticar esses exercícios, reforça o especialista. "As próteses atuais são excelentes para que a pessoa restaure sua mobilidade, mas é preciso tomar os cuidados para que elas não sofram um desgaste prematuro. Tendo a orientação correta e sabendo ter um autocuidado, a expectativa é muito positiva."
Para quem necessita colocar a prótese, o médico lembra que "o acompanhamento e a fisioterapia nesse primeiro momento são vitais. No princípio, esse suporte é necessário exatamente para o corpo se adaptar bem a essa prótese. Depois disso a pessoa poderá ter uma vida normal e inclusive praticar diversos esportes e atividades que lhe derem prazer e vontade."
As melhores próteses do mercado, acrescenta o ortopedista, têm boa durabilidade, podendo ultrapassar 30 anos, quando um bom modelo for escolhido. Tudo isso sem esquecer que "as próteses são mecanismos 'biônicos', ou seja, estão sujeitos a desgastes, assim como o quadril natural sofreu também, por isso é sempre bom procurar o médico ao menor sinal de um incômodo", acrescenta. "Afinal, como diria aquele velho conselho, cuidado e prudência não faz mal a ninguém", finaliza David.