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Estado de Minas CRIOPRESERVAÇÃO

Plano de saúde terá que cobrir preservação de óvulos de paciente com câncer

A decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais levou em conta os efeitos colaterais da quimioterapia, entre eles a perda de fertilidade


21/10/2022 14:39 - atualizado 23/10/2022 16:20

Imagem microscópica de inseminação artifical.
A criopreservação - ou armazenamento de óvulos - não é de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Mas neste caso, a finalidade é diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia. (foto: TJMG/Divulgação)
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) definiu que um plano de saúde terá que cobrir o armazenamento de óvulos de uma paciente que passará pela quimioterapia. O tratamento tem como possível efeito colateral a perda de fertilidade, o que justificou a decisão dos magistrados.

A decisão foi confirmada na segunda instância na segunda-feira (17/10) pela 10ª Câmara Cível do TJ-MG. O processo já havia sido julgado pela 2ª Vara Cível da Comarca de Uberaba, mas a empresa recorreu.

O juiz Nélzio Júnior, na primeira instância, apontou que a criopreservação – ou armazenamento de óvulos – não é de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Mas neste caso, a finalidade é diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia, e suas consequências sobre o planejamento familiar da paciente.

A relatora Jacqueline Calábria Albuquerque reiterou a decisão, e os demais magistrados votaram de acordo.

A operadora do plano deverá custear a preservação dos óvulos em clínica particular escolhida pela paciente, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil. A empresa também deverá pagar uma indenização por danos morais de R$ 10 mil.


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