Estudo publicado na revista médica Jama Neurology, mostra que 14% da população adulta do mundo percebe sons no ouvido ou na cabeça que não vem de fonte sonora externa, ou seja, 740 milhões de pessoas sofrem de zumbido. O resultado ainda mostra que os zumbidos são mais comuns com o aumento da idade, 14,4% e não há diferença significativa entre os sexos.
De acordo com a otorrinolaringologista da Clínica Dolci, em São Paulo e membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cervico-Facial, Ana Carolina Cassanti Del Monaco, o zumbido no ouvido e/ou na cabeça não é uma doença, mas sim um sintoma que pode estar relacionado com várias doenças e condições clínicas.
“Assim como a febre e a dor de cabeça, o zumbido pode ser o sintoma de uma doença. Ele pode acontecer diversos motivos, como, por exemplo, o acúmulo de cera, a exposição prolongada ao barulho ou mesmo por alguma infecção no ouvido. Além disso, pode ser o primeiro sintoma de outras alterações sistêmicas, como perda auditiva, hipertensão arterial, problemas de circulação, ansiedade, distúrbios do colesterol ou do açúcar, hipovitaminoses, tumores, entre outros”, explica Ana Carolina Cassanti Del Monaco.
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Conhecer os gatilhos
Identificar uma alteração no organismo apenas pelo zumbido no ouvido é muito difícil. Por isso, é preciso buscar a causa do sintoma por meio de gatilhos, como álcool, doces e cafeína.
“Após o diagnóstico, o especialista vai indicar o melhor tratamento, que pode ser uma remoção de cera, o uso de aparelho auditivo, a indicação de medicações e até a realização de uma cirurgia no ouvido. Tudo vai depender da causa do zumbido”, alerta Ana Carolina Cassanti Del Monaco.
Por isso, em casos de sintomas contínuos ou com intervalos, como som de apito, chiado constante, sensação de ouvido tapado ou de barulho semelhante ao de uma cachoeira ou a de uma cigarra, é preciso procurar a opinião de um otorrinolaringologista.