(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas COVID-19

Devo usar máscara? Quais são os sintomas? Tire dúvidas sobre a cepa BQ.1 do coronavírus

A nova linhagem gera preocupação em especialistas por sua capacidade de escapar de anticorpos


08/11/2022 17:38 - atualizado 08/11/2022 20:42
683

Imagem ilustrativa família se protegendo da COVID-19
(foto: Freepik/Divulgação)

Diante da recente alta de casos de COVID-19 e da chegada da subvariante ômicron BQ.1, infectologistas recomendam retomar o uso de máscaras em locais públicos, principalmente onde há aglomerações, como metrôs, trens e ônibus. Uma paciente de 72 anos, que estava internada em um hospital de São Paulo, e morreu em outubro, após ser diagnosticada com a subvariante ômicron BQ.1 do coronavírus, teve a morte confirmada pela variante nesta terça-feira (8/11).

 

A nova linhagem gera preocupação em especialistas por sua capacidade de escapar de anticorpos. A cepa é responsável pelo recente aumento de casos nos Estados Unidos e na Europa e já foi identificada no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

 

Leia também: 'Tripledemia': os 3 vírus respiratórios que lotam hospitais nos EUA e América Latina 

 

Uma vez infectado, o paciente pode recorrer à medicação antiviral que reduz a probabilidade de desenvolver casos graves em até 70% e deve ser usada na primeira fase da doença, segundo o infectologista Helio Bacha.

 

As orientações para manter as mãos higienizadas com álcool em gel e sabão continuam pois evitam uma série de doenças além da COVID. Leia a seguir as respostas para algumas dúvidas.

 

É preciso voltar a usar máscara?

 

Apesar de a determinação do uso de máscaras em locais públicos caber às autoridades estaduais e municipais —em São Paulo, por exemplo, não foi anunciada nenhuma nova medida nesse sentido—, para o médico infectologista Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, esse respaldo não é necessário.

 

"Não fiquem esperando as autoridades dizerem se devem usar máscara ou não", diz o membro da diretoria da Sociedade Paulista de Infectologia. Ele recomenda o uso da proteção em ambientes fechados, como o transporte público, shopping centers e elevadores. "É uma decisão individual, mas eu, por exemplo, nunca mais entrei em elevadores sem máscara", afirma.

 

O infectologista Helio Bacha também recomenda o uso de máscaras no transporte público, por exemplo. "É mais prudente", diz. A queda no número de mortes dá uma falsa sensação de que a pandemia acabou, segundo o infectologista. "As pessoas se equivocam ao banalizar a COVID. Não podemos nos esquecer da COVID longa, que traz bastante sofrimento, com comprometimento cognitivo e de memória", diz.

 

TOMEI AS QUATRO DOSES DE VACINA, ESTOU PROTEGIDO DA SUBVARIANTE?

 

Sim, mas parcialmente, segundo o infectologista Bacha. Ele explica que, como toda vacina, as doses contra COVID-19 não impedem a infecção, mas evitam formas mais graves da doença. Além disso, a subvariante atual gera preocupação em especialistas por sua capacidade de escapar de anticorpos. Mesmo assim, a recomendação é manter o esquema vacinal completo e procurar um posto de saúde caso não tenha tomado as quatro doses disponíveis.

 

AS VACINAS DISPONÍVEIS NO BRASIL PROTEGEM CONTRA A NOVA VERSÃO DA ÔMICRON?

 

As vacinas disponíveis protegem contra formas mais graves da doença, mas não impedem a infecção, evitada apenas por meio de medidas como uso de máscaras e manter as mãos higienizadas. Existem, porém, vacinas da Pfizer e da Moderna adaptadas à variante ômicon, mas o imunizante ainda não está disponível no Brasil.

 

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA SUBVARIANTE?

 

São os mesmos de variações anteriores da COVID-19, como coriza, dor de garganta e mal-estar generalizado. De acordo com Araújo, a nova subvariante tende a causar efeitos mais discretos que não podem ser menosprezados. "Diante de qualquer sintoma, por mais fraco que seja, o ideal é fazer o teste e evitar contato com outras pessoas", diz. Para pessoas com o esquema vacinal completo, a chance de desenvolver quadros graves de pneumonia decorrente da infecção é remota, segundo o infectologista Bacha.

 

A QUINTA DOSE DE REFORÇO É NECESSÁRIA PARA BARRAR A SUBVARIANTE DA ÔMICRON?

 

Para o infectologista Araújo, ainda há dúvidas sobre a efetividade de uma quinta dose contra novas variantes, para além da população mais vulnerável, como os idosos e pacientes com comorbidades. Além disso, o infectologista chama atenção para o atraso na vacinação de crianças de 6 meses a 2 anos que servem de reservatório e foco de disseminação do vírus. "O Ministério da Saúde tem que corrigir isso urgentemente", diz.

 

COMO PROTEGER AS CRIANÇAS AINDA NÃO VACINADAS?

 

Visitas de familiares e amigos com sintomas respiratórios devem ser adiadas e vale reforçar para todos a importância da higienização das mãos antes do contato com a criança. Caso ela vá para a creche, conheça o funcionamento da unidade, verifique se há pontos adequados para higienização das mãos e se os profissionais estão orientados para as medidas de proteção.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)