Jornal Estado de Minas

SAÚDE DA MULHER

Cuidados com o corpo: veja o que não consumir na gravidez


Planejamento. Antes de engravidar ou mesmo no início da gravidez, durante o pré-natal, a mulher começa a se preocupar com o novo cardápio. Cuidar do corpo para abrigar um outro ser passa a ser uma das preocupações da futura mãe.





Quais alimentos evitar? O que deve ser priorizado na dieta daqui para frente? Como se portar para proporcionar um desenvolvimento saudável do feto? 
 
 
 
Abaixo, listamos uma série de alimentos e bebidas que não devem ser consumidos durante os nove meses da gravidez. Alguns deles não podem ser consumidos de forma nenhuma; outros podem ter a quantidade reduzida. Acompanhe:

Peixes crus

Os peixes crus - a exemplo do sushi - não são recomendados porque correm risco de estar contaminados com listeria, bactéria que pode causar aborto, parto prematuro ou ainda doenças como toxoplasmose e cisticercose, responsável por afetar o sistema nervoso e prejudicar o funcionamento do cérebro.

Embora sejam ricos em vitamina D e cálcio, além de ferro e vitamina B12, alguns peixes e frutos do mar devem ser banidos da dieta da gestante - como o atum, o bagre, pintado, cavala, peixe-espada, cação e garoupa. É que eles contêm risco de alta concentração de metais pesados, como mercúrio, que podem afetar o sistema nervoso do feto. 

Carnes mal passadas
 
Carnes cruas, mal passadas ou defumadas (bacon, linguiça etc.) também têm risco de contaminação por toxoplasmose ou outras bactérias. 
 
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A toxoplasmose, causada por protozoário, pode afetar os olhos do bebê e da mãe, causando, nos casos mais graves, cegueira, além de causar danos cerebrais graves, provocando prejuízos neuromotores ao bebê. 





Queijos

Rico em cálcio e outros nutrientes, o queijo contribui para a saúde e o desenvolvimento do feto. No entanto, determinados queijos pastosos ou não pasteurizados, como o camembert, brie, danish blue e gorgonzola contêm muita água e podem ser contaminados com a bactéria listeria, que pode provocar dores de cabeça, tremores, convulsões e meningite, assim como afetar o sistema nervoso do bebê, e, nos casos mais graves, até levar à morte.

Ovos crus

Ovos são ricos em vitamina A, cálcio, vitamina B12, ferro e vitamina E. Aumentam a resistência contra infecções e fortalecem dentes, unhas e cabelos. 

Mas ovos crus ou com a gema mole podem conter salmonella, bactéria que provoca diarreias graves, febre, vômitos e até a morte. É importante também ter atenção a molhos, sobremesas e temperos que contenham ovos crus na receita, a exemplo de molho Ceasar 
e maionese.

Leite não pasteurizado

Bebidas lácteas não pasteurizadas, produzidas em sítios ou fazendas, devem ser evitadas porque contêm elevado número de bactérias que causam infecções intestinais, diarreias e mal-estar.




O ideal é consumir leites pasteurizados ou leite UHT, que passam por tratamentos em temperaturas elevadas para eliminar microorganismos que possam estar presentes no líquido. 

Frutas e legumes mal lavados

Fontes de contaminação por toxoplasmose, frutas e legumes precisam ser bem lavados antes do consumo. A doença causa aborto, parto prematuro, malformações do feto e até a morte do bebê. 
As grávidas devem ter atenção especial a brotos crus, como alfafa, trevo, além de rabanete, entre outros, e evitar qualquer vegetal cru fora de casa.

Café e chá

O consumo de cafeína - presente em cafés e chás, e em refrigerantes a base de cola - deve ser reduzido de forma considerável. 
Em excesso, a substância pode atingir o funcionamento cardíaco do feto e prejudicar seu desenvolvimento, causando abortos. A cafeína também contribui para o aumento de estrias na mulher. 

Bebidas alcoólicas

As bebidas alcoólicas devem ser banidas do cardápio da gestante. O álcool que se acumula no organismo do feto não é eliminado, podendo causar parto prematuro, malformação cardíaca, atraso no crescimento e baixo peso do bebê. 





Adoçantes

Adoçantes superficiais contendo aspartame e ciclamato de sódio não são saudáveis. Há estudos que alertam sobre o potencial carcinogênico dessas substâncias em animais, por isso devem ser evitados. 
O ideal são adoçantes naturais à base de sucralose ou estévia, que são seguros para bebês, mesmo em quantidades elevadas. 

Além de evitar os alimentos e bebidas acima, é fundamental que a gestante consuma bastante água - de 2 a 2,5 litros por dia
- além de praticar atividade física regularmente, sempre orientada por um profissional de saúde, para ter uma gravidez saudável para ela e para o bebê.