Segundo o Boletim Epidemiológico de Monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, divulgado no último dia 27, até 24 de outubro o estado registrou 65.417 casos de dengue confirmados, 59 óbitos pela doença e 22 óbitos sendo investigados. O período de chuvas favorece a formação de criadouros do mosquito, por isso a professora do curso de Biomedicina da Estácio Belo Horizonte, Natasha Delaqua Ricci, salienta que os cuidados no combate às arboviroses não podem ser abandonados pela população.
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Natasha Delaqua Ricci lembra que a febre costuma ser o primeiro indício da dengue, mas ao sentir qualquer desconforto, a professora sugere que o indivíduo busque ajuda médica, pois os sintomas das arboviroses são semelhantes:
“Febre amarela: A maioria das pessoas apresentam forma leve da patologia infecciosa, como febre alta, dor de cabeça intensa, falta de apetite, náuseas e dores musculares, ou podem estar assintomáticas. Ainda mais preocupante, as complicações podem ser fatais, resultando em insuficiência hepática e renal e quadros de hemorragia;
Dengue: A dengue é caracterizada por febre acima de 38°C, dor de cabeça, fraqueza, dor muscular e nas articulações, dor atrás dos olhos, machas vermelhas na pele e, em alguns casos, diarreia. Os quadros graves podem acarretar hemorragia e levar a óbito;
Chikungunya: Febre acima de 38,5°C, dor intensa nas articulações, acompanhada de inchaço, machas vermelhas na pele, dor de cabeça, dor muscular e sensação de fraqueza. Existe o risco de as dores articulares se tornarem crônicas;
Zika: Febre abaixo de 38,5°C, ou até mesmo sem febre, conjuntivite, dores articulares, dor de cabeça, fraqueza, dor muscular, manchas vermelhas e coceira pelo corpo e aumento dos linfonodos. A Zika pode trazer complicações neurológicas (síndrome de Guillain Barré) e anormalidades em fetos e recém-nascidos, como a microcefalia”, descreve a especialista.
Sobre os tratamentos, Ricci comenta que é importante manter a hidratação em qualquer arbovirose e o médico infectologista que prescreverá os remédios e deverá acompanhar o caso. “Para a febre amarela, o tratamento é baseado em medicação para alívio dos sintomas, e em casos graves poderá ser necessária a hospitalização. A abordagem é a mesma em quadros de Zika, dengue – sendo que a internação poderá ser indicada se houver quadro hemorrágico – e Chikungunya – podendo ser necessário um tratamento fisioterápico para os sintomas articulares e a hospitalização é comum em pacientes em pacientes com comorbidades (diabetes, hipertensão arterial, asma, cardiopatias, entre outras)”, esclarece.