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Estado de Minas SUBVARIANTE ÔMICRON

BQ.1: o que se sabe sobre a nova variante da ômicron

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante apresenta uma prevalência de 9% e já foi detectada em 65 países


14/11/2022 16:15 - atualizado 14/11/2022 17:58

Vírus COVID-19
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante apresenta uma prevalência de 9% e já foi detectada em 65 países (foto: Freepik/Divulgação)
A subvariante BQ.1, da linhagem da ômicron, foi encontrada em alguns estados do Brasil. A unidade da Fiocruz no Amazonas explica que a variante foi encontrada no estado ainda no mês de outubro. A primeira morte, entretanto, aconteceu em São Paulo e foi confirmada pelo Ministério da Saúde na última terça-feira (8/11). A vítima da nova cepa era uma mulher de 72 anos, com comorbidades e que não tinha tomado as quatro doses da vacina.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante apresenta uma prevalência de 9% e já foi detectada em 65 países.

 

Características da BQ.1

 

De acordo com Leandro Curi, médico infectologista do Hospital Felício Rocho, a BQ.1 é uma subvariante da atual e preponderante variante ômicron. “O que torna o vírus mais ou menos agressivo são as alterações sofridas na estrutura, e a BQ.1 é uma subvariante que está atualmente crescendo no Brasil e no mundo”, diz.

 

Curi afirma que, assim como todas ou grande parte das subvariantes da ômicron, a BQ.1 tem um escape imune maior, ou seja, “desvia” mais facilmente das vacinas. “Ela não é mais mortal do que qualquer outra variante da ômicron e é bem menos mortal que as variantes iniciais da COVID-19, como a gama e a beta”, declara.

 

O infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, reitera que a BQ.1 apresenta mutações na proteína spike, uma proteína na superfície do Sars-CoV-2 que permite que ele se ligue e infecte nossas células.

 

Entre elas, está a mutação R346T, também encontrada na variante BA.5, associada por estudos com o escape imune significativo e até a evasão de anticorpos causados por infecções naturais por outras subvariantes da ômicron.

 

Sintomas 

Os dois especialistas afirmam que não há mudanças em relação aos sintomas, que continuam sendo, para a maioria dos pacientes, dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar. “O mais comum são os sintomas respiratórios de vias altas, mas nada tão grave, principalmente para as pessoas vacinadas”, esclarece Curi.

 

“O que vimos acontecendo com os casos na Europa é que, desde que as pessoas tenham a dose de reforço, ela supera a imunidade em relação à infecção, mas não causa casos graves”, complementa Chebabo.

 

Segundo o infectologista do Hospital Felício Rocho, as vacinas valem para todas as variantes, mas é preciso lembrar que elas são necessárias para evitar uma piora clínica, por isso, também a importância das máscaras. “A vacina vai evitar que você passe mal, que você piore e que vá à óbito. E a máscara vai evitar que você se infecte. Por isso, precisamos nos prevenir em todas as áreas possíveis na imunização e na transmissão área”, explica.

 

O termo “imunidade de rebanho” também não vale para à COVID-19 assim com vale para o vírus da gripe, justamente devido às variantes que surgem o tempo todo. “O vírus da COVID-19 é altamente mutante. Ele muda, se reinventa, sendo assim, provavelmente teremos outras variantes, o que só reforça a ideia de que todos precisam tomar as vacinas e se proteger”, enfatiza Curi.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Diogo Finelli


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