A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é uma condição clínica grave que levou à morte, hoje, aos 62 anos, Maria Isabel Barroso Salgado, a Isabel, uma das maiores referências do vôlei brasileiro, no hospital Sírio-Libanês em São Paulo. É uma emergência médica, que pode acometer pessoas com doença pulmonar ou mesmo saudáveis.
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COVID-19 cresce e responde por 71,2% dos casos de síndrome respiratóriaFiocruz alerta para alta de 39,5% das síndromes respiratórias gravesRinite e asma lideram ranking de doenças respiratórias dos brasileirosFiocruz aponta aumento de casos de SRAG em 16 estadosMichelle Andreata destaca que essa resposta inflamatória exagerada leva o corpo a reter líquido dentro do pulmão, na parte circulatória, "o que dificulta a circulação de ar, que é a entrada de ar no pulmão".
Nesse quadro, a pneumologista diz que é como se o pulmão ficasse "duro". "Essa dificuldade de troca gasosa vai gerar a hipoxemia, a baixa saturação, chegando pouco oxigênio nos órgãos".
Sobre o fato de algumas pessoas chamarem a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) de síndrome da angústia respiratória aguda (SARA), a pneumologista avisa que essa denominação não é mais utilizada.
E esse cenário, enfatiza a médica, pode levar a outros sérios problemas, como a parada cardiorrespiratória. "A SRAG não é rara. Pacientes que já têm outras comorbidades, como hipertensão ou asma, por exemplo, podem passar por esse quadro com certa frequência."
Com o passar dos anos, lembra a especialista, "uma simples gripe pode virar SRAG. Vimos isso com muita frequência, de forma similar, com a COVID-19. Antes das vacinas, a doença evoluía para a SRAG".
A especialista destaca que a SRAG também pode afetar as crianças, sendo mais suscetíveis os bebês prematuros e os pequenos, que não estão com o calendário vacinal em dia, já que esse público é mais exposto e corre mais riscos porque ainda não tem o sistema imunológico formado.
Alerta diante da nova onda da COVID
Michelle Andreata alerta para a prevenção: "Vacina, máscara, higienização das mãos, evitar aglomeração. São ações não só para a COVID, mas para as doenças respiratórias em geral. Ainda mais diante da sanzonalidade dessas patologias. A inversão térmica torna maior a disseminação. Os cuidados já citados não são só para COVID, deveriam ser hábitos de saúde adotados para sempre, no dia a dia de todos".Leia também: Vinte capitais do Brasil têm alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda
Ainda mais diante de uma nova onda de aumento de casos de COVID-19, com a nova variante BQ.1: "A COVID é marcada pela alta mortalidade, com a vacina, o número de óbitos caiu, reduziu a gravidade da doença, no entanto, ainda que menos frequente, ela não desapareceu".