Jornal Estado de Minas

TERCEIRA IDADE

Alzheimer: ações reforçam importância do diagnóstico precoce


Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que cerca de 55 milhões de pessoas ao redor do mundo vivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum o Alzheimer. No Brasil, por exemplo, o Ministério da Saúde aponta que cerca de 1,2 milhão de indivíduos têm a doença, com o diagnóstico de 100 mil novos casos por ano. 





A campanha "Emoções que continuam vivas na memória", criada pela farmacêutica Libbs em parceria com a agência Vogel Health, criada em 2021, pretende conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença para o tratamento do Alzheimer.


A campanha conta com a hashtag #AlzheimerSeTrata, "responsável por conscientizar a população de que o Alzheimer se trata, apesar de não ter cura", diz Marcela Bianchin, fundadora e CEO da Vogel Health. "Outro objetivo é mostrar que esquecer não é normal e informações sobre os primeiros sintomas são essenciais para as pessoas buscarem o diagnóstico, fazendo com que menos lembranças sejam apagadas da memória", diz. "A ação ganhou as redes sociais e diversos canais digitais com a websérie 'Falando sobre o Alzheimer.

Identificar os sintomas é o primeiro passo para o tratamento


Ainda que não haja uma cura para o Alzheimer, a doença pode ser tratada para que a sua evolução ocorra de maneira mais lenta e o paciente preserve as suas funções intelectuais por um tempo longevo. Com o retardo da evolução da condição, o paciente pode realizar suas atividades diárias com mais normalidade, tanto físicas quanto cognitivas, de modo a manter sua qualidade de vida por mais tempo.





Segundo informações do Ministério da Saúde, por se tratar de uma doença gradativa, quatro estágios definem o grau de acometimento do paciente:

- Primeiro estágio: os esquecimentos já são os principais sintomas nessa fase da doença, porém eles devem ocorrer de forma mais instantânea e relacionados a situações recém-ocorridas. Isso também  pode colaborar para alterações na personalidade do paciente, além do início do impacto em algumas funções físicas, como a visão

- Segundo estágio: nesta etapa do Alzheimer já é possível identificar uma evolução significativa da doença, pois outros sentidos e habilidades começam a ficar comprometidos, como a fala e ações motoras

- Terceiro estágio: aqui, a debilitação das funções motoras começam a se agravar, o que influencia em atividades comuns do dia a dia, como comer. Incontinências urinárias e fecais também são comuns neste estágio

- Quarto estágio: por fim, a etapa terminal do Alzheimer tende a deixar a pessoa acamada e com dificuldades ainda mais severas para comer e falar

O tratamento tende a ser mais efetivo se o Alzheimer for diagnosticado precocemente. Por isso, é importante que familiares e amigos de quem sofre da doença conheçam e estejam atentos ao surgimento dos primeiros sintomas e procurem um especialista o mais rápido possível quando identificados.