Jornal Estado de Minas

DEZEMBRO LARANJA

Brasil deve registrar 185,6 mil casos de câncer de pele até o fim do ano

Com a chegada do mês de dezembro vem junto o sol intenso e os alertas sobre os cuidados com a pele, já que se expor ao sol por longos períodos pode causar câncer. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país e deve registrar 185,6 mil novos casos de câncer de pele até o fim deste ano.





Segundo Simone Neri, médica dermatologista, pessoas claras e que se queimam com facilidade, quando se expõem ao sol, correm um risco maior de desenvolver o câncer de pele, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de peles morenas.

“Para evitar a doença, o ideal é se proteger com um protetor solar que tenham no mínimo FPS 30. Procurar ficar na sombra e evitar o sol entre 10h e 16h, quando a radiação UVA e UVB, produzidos pelo sol, representam 95% da radiação que atinge o corpo e penetra profundamente na pele” explica a dermatologista.

Como identificar o Câncer de pele?

O efeito cumulativo da radiação solar provoca o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas, eczemas e até tumores benignos ou malignos como, por exemplo, um machucado que não cicatriza. “Por isso, conhecer bem a sua pele, pintas e manchas que ela apresenta faz toda a diferença na hora de detectar irregularidades”, conta Simone Neri.



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Somente um exame clínico feito por um dermatologista ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

  • Assimetria: se uma metade da lesão for diferente da outra;
  • Bordas irregulares: quando o contorno da pinta ou mancha não for regular;
  • Cor: sinais, pintas ou manchas com cores diferentes;
  • Diâmetro: pintas ou manchas com um diâmetro maior que 6 mm;
  • Evolução: qualquer tipo de mudança no tamanho ou cor. 
Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos siga a Regra do ABCDE. Mas, em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.

(foto: Reprodução)

Dicas para evitar o câncer de pele

1 - Exposição solar
Ao sair ao ar livre, procure ficar na sombra, principalmente no horário entre 10h e 16h, quando a radiação UVB é mais intensa. Use sempre protetor solar com fator de proteção solar (FPS) 30 ou maior.

2 - Uso correto do protetor solar:
O produto deve ser aplicado ainda em casa, e reaplicado ao longo do dia a cada 2h. Aplique o equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo. O filtro solar deve ser usado todos os dias, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens.





3 - Roupas
Hoje, é possível complementar as estratégias de foto proteção com outros mecanismos como, por exemplo, roupas, chapéus e óculos apropriados.

4 - Melhor fator de proteção
Um filtro solar com FPS 30 é capaz de evitar queimaduras e proteger o usuário dos raios emitidos pelo sol que penetram profundamente na pele e que causam um dano progressivo às células.

5 - Como escolher
Segundo o consenso de fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é aconselhável que os filtros solares tenham no mínimo FPS de 30. “Porém, se você tiver pele clara, dê preferência aos filtros com FPS de no mínimo 60, que certamente a sua pele estará mais protegida”, recomenda a dermatologista Simone Neri.