O mês de dezembro se colore de laranja para fazer um alerta sobre o câncer de pele, enfermidade que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), deverá atingir mais de 185,6 mil brasileiros ainda em 2022. para 2023, o órgão ligado ao Ministério da Saúde estima-se 220,4 mil novos casos de câncer de pele não melanoma e 8.980 para o tipo melanoma. Especialistas afirmam que as ações de reforço de prevenção são importantes para evitar novos casos e diminuir óbitos.
O Inca registrou, em 2020, cerca de 2.600 mortes pela doença no país, e esse câncer corresponde aproximadamente a um terço de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. O Dezembro Laranja é uma ação anual, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 2014 e que tem o intuito de alertar às pessoas de que o câncer de pele é perigoso e pode matar, dependendo do tipo.
O Inca registrou, em 2020, cerca de 2.600 mortes pela doença no país, e esse câncer corresponde aproximadamente a um terço de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. O Dezembro Laranja é uma ação anual, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 2014 e que tem o intuito de alertar às pessoas de que o câncer de pele é perigoso e pode matar, dependendo do tipo.
Zilma Arruda, de 80 anos, aposentada, passou por um câncer de pele, tipo melanoma, quando tinha 57 anos. Apesar de ter acontecido há muito tempo, ela conta sobre o que sentiu, como tratou e que, após essa experiência, nunca mais teve que lidar com a doença. "Eu tinha uma verruga na cabeça há anos, mas nada que me preocupasse. Quando eu tinha uns 57 anos, comecei a sentir uma coceira diferente e percebi uma mancha roxa em volta. Essa verruga passou a sangrar", conta ela. Com esses primeiros sintomas, Zilma procurou um dermatologista, que pediu uma biópsia e retirou a verruga.
A biópsia resultou em um melanoma, num fator considerado um dos mais graves de pele. "Fisicamente, eu não sentia nada, a não ser a coceira. Emocionalmente, fiquei assustada, com medo, fiquei muito triste. É uma notícia que a gente não espera e não sabemos como as coisas vão evoluir e se vamos conseguir superar o desafio do tratamento", relata a aposentada. Sobre o tratamento, além da retirada da verruga e, consequentemente, do tumor, foram feitas 20 sessões de radioterapia.
Hoje, Zilma explica que toma muito cuidado com os fatores de risco para não haver remissão. "Não me exponho ao sol, vou anualmente ao meu cirurgião, que acabou virando um amigo, pois meu caso foi considerado raro e, o tratamento, um sucesso", afirma.
A prevenção está ao alcance de todos. É o que conta a dermatologista cooperada da Unimed-BH, Soraya Neves Marques Barbosa dos Santos. "Evitar a exposição solar em horários de maior incidência dos raios tipo B (entre 09h e 15h) é uma das formas mais eficazes de se evitar qualquer um dos tipos de câncer de pele", explica a especialista.
Isso porque o sol contribui para o dano celular, um dos fatores da enfermidade. De acordo com ela, "o câncer de pele é uma doença que ocorre por causa do desenvolvimento anormal das células da pele". Para a médica, ambos os tipos de câncer podem ser graves, se não tratados no tempo adequado. "Didaticamente, podemos separar aqueles cânceres de pele que são melanoma e os outros não melanoma. Tal distinção facilita o entendimento dos riscos e das possibilidades terapêuticas", explica a Soraya.
A dermatologista reforça que o autoexame é essencial, principalmente se já existem casos de cânceres de pele na família. "Manchas, pintas e lesões que aparecem subitamente, com crescimento rápido, que podem coçar ou sangrar, que mudam de cor ou de forma, são os sinais de alerta. Havendo dúvida, sempre procurar por um dermatologista para avaliação adequada", lista.
"Além disso, hábitos, como exposição inadequada aos raios ultravioleta, contato com substâncias químicas como arsênico, ter úlceras crônicas ou fatores hereditários como ter pele muito clara e cabelos ruivos, representam fatores de risco para cânceres de pele", explica a médica. "Câncer de pele tem cura. O tratamento inclui cirurgias, medicamentos tópicos, terapias com calor ou frio, entre outros. O índice de sucesso, se iniciado precocemente, é alto", conclui Soraya.
"Além disso, hábitos, como exposição inadequada aos raios ultravioleta, contato com substâncias químicas como arsênico, ter úlceras crônicas ou fatores hereditários como ter pele muito clara e cabelos ruivos, representam fatores de risco para cânceres de pele", explica a médica. "Câncer de pele tem cura. O tratamento inclui cirurgias, medicamentos tópicos, terapias com calor ou frio, entre outros. O índice de sucesso, se iniciado precocemente, é alto", conclui Soraya.
Por que Dezembro Laranja?
O tom da campanha remete ao sol, um dos fatores que contribui para a evolução da enfermidade, principalmente em um país com grande incidência de raios. O mês escolhido é devido ao início do verão, estação que promete muita luz do sol e mês que puxa as férias, consequentemente, o aumento da procura por praias, clubes, rios e cachoeiras, também por conta das altas temperaturas registradas nesta época.
Campanha reforça cuidados
A campanha "Curta o verão com responsabilidade: o mesmo sol que dá ritmo à estação pode causar danos à pele" serve de alerta para os clientes Unimed-BH sobre os perigos da exposição aos raios solares. As peças trazem dicas de como cuidar da pele, evitar o câncer e, ainda, o link do Viver Bem, site da cooperativa de saúde, para mais informações.