Dados levantados pelo hub de negócios de saúde e bem-estar InterPlayers revelam crescimento de 22% na venda de medicamentos para Alzheimer no Brasil nos primeiros oito meses do ano. O levantamento leva em conta o valor arrecadado com os remédios.
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Consulta pública pode levar hemoglobina glicada para o SUSEstresse de fim de ano: como lidar? COVID: não vacinados se envolvem mais em acidentes de trânsito'Alzheimer infantil': entenda o que é a síndrome de Sanfilippo Chinês de 19 anos pode ter Alzheimer e causa é mistério para cientistasAlzheimer: seis minutos de exercício já podem proteger o cérebro da doençaAntibióticos: estudo diz que elevam risco de doença intestinalQuando devemos nos preocupar com o esquecimento?A pesquisa revelou que, além de São Paulo, o Rio Grande do Sul segue líder de vendas dos medicamentos e que a Paraíba é o estado com maior redução, com queda de 69% no valor, seguida por Ceará, que teve diminuição de 31%.
Segundo a geriatra Simone de Paula Pessoa Lima, da empresa especializada em home care, Saúde no Lar, algumas hipóteses explicam esse crescimento.
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"Os locais onde ocorreram o aumento nas vendas coincidem com os estados com maior número de geriatras e melhor poder aquisitivo, por isso, há mais possibilidades de se ter acesso ao médico e receber o diagnóstico de demência. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que exista um geriatra para cada mil idosos. Essa proporção está longe de ser a ideal, e a maior concentração desses profissionais (cerca de 60%) está no Sudeste."
Uma outra questão levantada pela geriatra é o fato de as pessoas estarem se informando mais sobre o Alzheimer e sobre o esquecimento. "Isso faz com que a procura por médicos especialistas nessa área cresça e diagnósticos sejam dados em fases mais leves, com maior possibilidade de tratamento e prescrição de medicamentos", finaliza.