Aquela sensação do aumento de coisas para fazer (pensar na ceia, comprar presentes, provas dos filhos, cumprir os prazos da empresa, amigo secreto, projetar o ano-novo, por exemplo). Chamamos esses sintomas de dezembrite.
Apesar de a "dezembrite" não ser uma doença, ela pode tanto prejudicar como piorar problemas de saúde, pois o nosso corpo é extremamente sensível ao que a gente vive, o aumento da ansiedade, angústia. A frustração estimula a liberação na nossa corrente sanguínea dos hormônios do estresse, como a adrenalina e cortisol, que podem interferir diretamente em qualquer sistema do meu corpo, no quadro de qualquer doença.
"No caso do coração, por exemplo, eles aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, e isso favorece infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais", explica a psiquiatra Maria Fernanda Caliani.
Segundo a especialista, a principal dica é manter as coisas que fazem bem para nossa saúde e qualidade de vida, independentemente de viajar ou estar em férias. Confira a lista:
Cuide da sua alimentação
Cada vez mais temos evidências da contribuição de uma alimentação saudável para a saúde mental. Coma de forma consciente, com legumes, carnes magras, frutas e verduras.
Cuide do sono
Tente dormir pelo menos sete horas por noite para acordar revigorado e isso envolve não brigar com a hora de dormir. Duas horas antes de se deitar, comece a diminuir o ritmo e siga o que chamamos de higiene do sono: medidas que ajudam a termos uma noite de sono com maior qualidade tais como: diminuir a intensidade da luz, evitar telas (TV, celular, computador) antes de dormir, principalmente na cama (exemplo dos meus filhos), não deixe relógio do lado da cama ou à vista, faça refeições leves à noite, vá desligando o corpo aos poucos, tome chá, medite, não tome café depois das 17h. Não fazemos boas escolhas quando estamos cansados.
Pratique atividade física
Os exercícios físicos liberam endorfina e hormônios que dão a sensação de bem-estar e disposição.
Priorize organização e programação
Não marque tudo na mesma semana, faça compras com antecedência, planeje-se! Separe mais tempo para deslocamento porque o trânsito também fica pior. Não deixe tudo para o último dia.
Viva o presente
Fazemos uma coisa pensando em todas as outras que temos que fazer e aí parece que não fazemos nada muito bem, pois ficamos pressionados porque as coisas não estão saindo direito. Pare, respire e pense no que você está fazendo e aí você terá melhores resultados. Vivemos tão no automático que não prestamos atenção no nosso dia a dia. Meditar é uma das maneiras de estar presente. Praticar exercícios, fazer caminhadas ou mesmo ter um hobby que tome 100% da sua atenção - essas coisas focam você no momento e evitam que você pense no que poderia ter sido e não foi e nas possibilidades do futuro, coisas que costumam intensificar a ansiedade e o estresse.
Entenda o poder da sua respiração
Ansiedade e estresse geram respiração ofegante. E retomar o controle da sua respiração pode, no caminho inverso, acalmar sua mente. Respire fundo algumas vezes quando sentir que está nervoso e isso enviará ao seu cérebro a mensagem que você está Encare a frustração como uma oportunidade de crescimento. Aceite que não teremos o controle de tudo. E que tudo bem. Diminua seu nível de exigência consigo mesmo: faça só o que é capaz de dar conta. E não se culpe pelo que deixou de fazer. Valorize e destaque aspectos positivos e as conquistas do ano, mesmo que não tenha atingido o objetivo principal.
Valorize suas conquistas
Ao invés de avaliar o que não deu certo, foque em novas metas para o próximo ano, foque em transformar o período em um momento de planejamento, de confraternizações, mas isso com parcimônia: evite os "balanços" pessoais de fim de ano: 1 de janeiro é só mais um dia no calendário, não necessariamente o começo de uma nova vida.
Ao invés de avaliar o que não deu certo, foque em novas metas para o próximo ano, foque em transformar o período em um momento de planejamento, de confraternizações, mas isso com parcimônia: evite os "balanços" pessoais de fim de ano: 1 de janeiro é só mais um dia no calendário, não necessariamente o começo de uma nova vida.