A sexualidade e o prazer, principalmente o feminino, ainda são temas intrigantes. Não à toa, a todo momento surgem novas pesquisas sobre o universo do estímulo sexual. A descoberta do ponto G é prova desse movimento das mulheres em busca de mais autoconhecimento. No entanto, essa pauta segue sendo motivo de polêmica até mesmo no meio médico. Afinal, existe ou não o ponto G?
Segundo a ginecologista Viviane Monteiro, o famigerado ponto G é na verdade uma zona erógena que compreende a extensão do clitóris, entre a uretra e o canal vaginal, indo até a parte interna da vagina, onde existem terminações nervosas e pequenos vasos sanguíneos que aumentam a sensibilidade e contribuem para o prazer, seja através da penetração ou de estímulos locais.
"Ao contrário do que muitos acreditam, o ponto G não funciona como um botão, que ao ser tocado irá proporcionar uma onda de prazer instantâneo. Toda essa zona erógena deve ser estimulada para levar a um orgasmo. Vale destacar que cada mulher sente prazer quando estimulada de diferentes formas, em diferentes pontos. Não há uma receita que agrade a todas as mulheres!, explica a ginecologista.
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Com o aumento do foco sobre essa zona erógena, a autocobrança das mulheres em atingir o orgasmo também cresceu, e consequentemente, a frustração e descontentamento quando não ocorre também. Mas, a especialista reforça que o autoconhecimento é o primeiro passo para alcançar diferentes níveis de prazer.
"Nossos corpos são repletos de pontos G e, assim como nem todo corpo será igual, as mulheres gostam de coisas diferentes. Além das variações de sensibilidade, as experiências pessoais também podem influenciar no prazer, por isso, conhecer o próprio corpo e avaliar as sensações que o estímulo de cada região causa é a melhor forma de alcançar a satisfação sexual. Vale sempre bater um papo franco com seu(sua) parceiro(a) também para, juntos(as), entenderem o que funciona mais para ambos(as)", complementa a médica.
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