Altas temperaturas e longas viagens podem provocar situações desagradáveis com a saúde vascular, mas seguindo algumas recomendações é possível aproveitar a estação sem interrupções. Com o aumento das temperaturas, ocorre uma vasodilatação nos vasos sanguíneos (aumentam de tamanho) para que o nosso corpo possa perder calor e não superaquecer. Apesar de este efeito ser benéfico, a vasodilatação provoca também veias mais visíveis e o desenvolvimento das varizes.
As altas temperaturas, a desidratação e o consumo de alimentos considerados pouco saudáveis também pioram os sintomas vasculares, inclusive elevam o risco de trombose, formação de coágulos dentro das veias, sendo mais comum nos membros inferiores.
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Conforme a cirurgiã vascular e membro da Comissão de Varizes da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Camila Baumann Beteli, os principais sinais de alerta, que podem corresponder a uma trombose, são dor na perna acompanhada de inchaço que não melhorara com medidas simples, como elevar o membro afetado, e mudança de coloração, com vermelhidão no local dolorido.
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Conforme a cirurgiã vascular e membro da Comissão de Varizes da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Camila Baumann Beteli, os principais sinais de alerta, que podem corresponder a uma trombose, são dor na perna acompanhada de inchaço que não melhorara com medidas simples, como elevar o membro afetado, e mudança de coloração, com vermelhidão no local dolorido.
Viagens longas são um fator de risco para a trombose
As viagens longas também são um fator de risco para o desenvolvimento de trombose venosa por causa da redução da mobilidade. Por isso, Camila Baumann Beteli orienta que é preciso evitar longos períodos parados, sobretudo com as pernas para baixo.
Para prevenir problemas vasculares, que possam interromper os momentos de lazer, esperados o ano todo, é aconselhável seguir algumas recomendações:
- Ter uma boa alimentação e evitar alimentos muito gordurosos;
- Beber bastante água e sucos naturais;
- Não exagerar nas bebidas alcoólicas;
- Lembrar-se de sempre aplicar protetor solar nas áreas expostas ao sol, e evitar a exposição em horários próximos ao meio-dia;
- Movimentar as pernas pelo menos a cada duas horas em viagens longas;
- Usar meias elásticas sempre depois de uma avalição e prescrita com a orientação médica;
- Ficar atento a qualquer manifestação de doença vascular, como dor e inchaço nas pernas, vermelhidão ou mesmo o aparecimento de vasinhos e varizes;
- Consumir alimentos que podem ajudar na circulação como: laranja e outras frutas ricas em vitamina C, gengibre, alho, cúrcuma, salmão, atum, sardinha, melão, melancia, uva, tomate, abacate, nozes e amêndoas.
A cirurgiã vascular reforça que os cuidados precisam ser intensificados para quem já tem alguma alteração vascular, sendo importante passar por uma avaliação antes do início das férias.
Mesmo para a população mais jovem, também é preciso ter atenção aos sintomas, sobretudo para quem possui histórico familiar de doenças vasculares. O checape é fundamental, pois ajuda a prevenir doenças graves e fatais, que às vezes são assintomáticas no início, como hipertensão, diabetes, aterosclerose (placas de gordura na circulação), infarto, AVC e aneurismas. Estas doenças são identificadas em exames simples e pouco invasivos, como o próprio exame físico, exames de sangue e exames de doppler (ultrassom da circulação).
Tratamento de vasinhos ou varizes
“Nesta época também é muito comum a procura para o tratamento de vasinhos ou varizes, pois as mulheres começam se preocupar com a aparência das pernas, mas o ideal é que o cuidado seja planejado com antecedência, pois a secagem dos vasinhos e o tratamento das varizes, em algumas situações, podem exigir repouso e limitar a exposição ao sol, pelo risco do aparecimento de manchas escuras nas pernas. Hoje em dia, o cirurgião vascular tem uma série de opções minimamente invasivas, como o laser, aplicação de espuma e microcirurgias, que modernizaram muito a técnica, e podem ser uma possibilidade para as pacientes de última hora”, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo, Fabio H. Rossi.