Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano. No Brasil, a média anual chega a 350 mil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos.
Inclusive, um estudo publicado no Circulation, o principal jornal da American Heart Association, relatou que ocorrem mais mortes cardíacas em 25 de dezembro do que em qualquer outro dia do ano. O segundo maior número de óbitos neste sentido ocorre em 26 de dezembro e o terceiro em 1º de janeiro.
"Os sintomas são variados, sendo os mais comuns as dores tipo pressão no centro do peito, dificuldades para respirar, palidez, suor frio, náuseas, vômitos, tontura, confusão mental, perda de consciência e dores na parte de cima das costas, nos braços e na mandíbula e pescoço. O ataque cardíaco pode durar minutos ou até dias e a severidade depende da localização exata do problema no coração. O mais prudente é buscar o quanto antes ajuda médica", alerta Priscila Currie, brasileira paramédica que trabalha em Londres, no Reino Unido.
Leia também: AVC e infarto voltam a ser uma das principais causas de morte no Brasil.
Leia também: AVC e infarto voltam a ser uma das principais causas de morte no Brasil.
Infelizmente, o ataque cardíaco, que também é conhecido como infarto, pode ocorrer de repente. Por isso, existem algumas condutas que podem ser feitas antes do atendimento médico de urgência.
A paramédica Priscila Currie fez uma lista de alertas desses primeiros socorros para auxiliar as pessoas diante de uma urgência.
- CALMA: Tente manter a calma e ou acalme a pessoa que está se sentindo mal. Se possível também, não fique em pé. O ideal é sentar-se ou deitar-se em um local seguro, pois, caso aconteça um desmaio, o paciente não se machucará.
- AMBULÂNCIA: Ligue imediatamente para o serviço de emergência mais próximo do seu bairro ou local que estará. O Samu (192) ou os bombeiros (193), por exemplo. Explique pausadamente o ocorrido e o endereço correto onde está. Se possível, peça para alguém esperar pela ambulância na rua.
- MEDICAÇÃO: Se a pessoa não tiver alergias a aspirina, peça para ela chupar esse medicamento, sem engolir o comprimido de 300mg. Sem água, apenas dissolvendo na boca mesmo. Atenção: não deixe e pessoa sozinha, apenas faça isso se o remédio estiver no local.
- SEM ESFORÇO: Não permita que a pessoa com sintomas faça qualquer esforço físico, muito menos que ela dirija até o pronto-socorro sozinha, por exemplo. Mantenha a pessoa calma, conversando sobre dias felizes para distração.
- SEM BEBIDAS OU ALIMENTOS: Em caso de crise, mesmo sendo um alarme falso, não ingira bebidas, comidas ou fume cigarros. Essa conduta só vai prejudicar o quadro.
- DESMAIOS: Infelizmente, pode ocorrer. Neste caso, deite a pessoa em posição lateral, pois se ela vomitar, não correrá o risco de se engasgar. E fique de olho na respiração sempre. Se a respiração parar, se prepare para fazer ressuscitação.
- RESPIRAÇÂO: Não se esqueça de deitar o paciente de costas no chão e olhe para a barriga e peitoral dessa pessoa para detectar movimentos respiratórios. Não perca tempo tentando achar pulso ou batimento cardíaco. Apenas a respiração é o que importa. Ar entrando e saindo = respiração. Se a respiração estiver ausente, chame por ajuda urgente e ligue para ambulância novamente. Reforce que pessoa não está respirando. Se prepare para começar a massagem cardíaca.
- DEA – Desfibrilador: Você sabe se tem um por perto? Qualquer um pode usar. Apenas ligue a máquina e siga as instruções. O equipamento não dá choque em quem não precisa receber e a utilização é segura.
- RCP – Ressuscitação Cardiopulmonar: Em adultos, são 30 compressões cardíacas para 2 ventilações pulmonares. Repetida até a ambulância chegar ou até a pessoa retornar sua respiração espontânea.
Priscila Currie é formada por umas das melhores faculdades clínicas do mundo, a St Georges University, em Londres. Trabalha como paramédica para o governo britânico atendendo as maiores emergências pré-hospitalares da capital.
Além disso, ela também ensina primeiros socorros nas horas vagas e ajuda milhares de pessoas com dicas e alertas nas redes sociais .
Sign in with Google
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Estado de Minas.
Leia 0 comentários
*Para comentar, faça seu login ou assine