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Câncer de colo de útero: considerado o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, excluídos os tumores de pele não melanoma

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Considerado o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, excluídos os tumores de pele não melanoma, as ocorrências de câncer de colo do útero seguem crescentes no Brasil. De acordo com dados Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados mais de 17 mil novos diagnósticos da doença em 2023; um índice de risco em torno de 13,25 casos para cada 100 mil mulheres. Trata-se de um cenário alarmante, que motivou a criação do Janeiro Verde pela Sociedade Brasileira de Cancerologia, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância da prevenção, detecção precoce da doença e tratamentos.     

Silencioso, o câncer de colo do útero costuma apresentar sintomas quando se encontra em estágios mais avançados. Causado por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano), uma das maneiras mais efetivas de diagnóstico é o monitoramento frequente da presença do vírus no organismo. Embora 90% dos casos de HPV representem uma contaminação transitória, onde o próprio sistema imunológico consegue se defender, o risco aumenta quando a presença do patógeno prolonga-se e acaba por gerar lesões no colo do útero, que se tornam feridas e evoluem de forma maligna. 
 
“As consultas e exames de rotina são essenciais e devem fazer parte do calendário anual do público feminino. Além do Papanicolau e da colposcopia, a captura híbrida é um teste molecular sensível, capaz de detectar a presença do HPV, suas variantes mais comuns e de alto potencial cancerígeno. Esse tipo de exame permite identificar a contaminação antes mesmo de surgir a primeira lesão. Desta forma, as pacientes que apresentam um diagnóstico positivo para a presença do vírus, podem receber um acompanhamento mais próximo e com maior frequência de monitoramento para tratamentos precoces e maiores chances de cura”, explica Raphael Oliveira, gerente de marketing regional LATAM para diagnósticos moleculares da QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnóstico molecular, que entre suas soluções apresenta esse tipo de exame.

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Cabe ressaltar que o teste somente é disponibilizado no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que tenham planos de saúde, algo que representa em torno de 1% de todas as mulheres brasileiras que são elegíveis ao teste.

Rastreio genético do HPV

Ainda de acordo com o executivo, o índice de sucesso da captura híbrida pode ser comprovado mundialmente, especialmente por se tratar de um teste robusto, ter diversos controles e calibradores, o que garante um resultado confiável. “A testagem molecular existe há mais de vinte anos e está entre os testes mais utilizados pelos médicos para rastreio genético do HPV. Milhões de mulheres já realizaram a captura híbrida e muitas vidas já foram poupadas pela contribuição dessa tecnologia”, complementa. 

O câncer de colo do útero não costuma apresentar sintomas iniciais e, quando aparecem, pode ser um indício de avanço da doença. Além dos exames de rotina, é preciso atenção para alterações como sangramento vaginal sem causa, corrimento alterado, dor abdominal ou pélvica constante, sensação de pressão no abdômen, vontade frequente de urinar e perda rápida de peso. Ao surgimento desses sintomas é recomendado buscar ajuda médica com urgência.