Um artigo publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, com base na revisão de 26 estudos, mostra que a imunidade híbrida, conferida pela vacina em pessoas que tiveram COVID-19, é mais eficaz para evitar a doença grave do que os anticorpos obtidos apenas pela infecção pelo Sars-CoV-2. Os autores, de diversas instituições do Canadá, dos Estados Unidos e da Europa, recomendam que as autoridades de saúde pública continuem a incentivar a população a se imunizar para combater hospitalizações e mortes.
A análise mostrou que a proteção contra COVID grave e internação permanece alta 12 meses após o desenvolvimento de imunidade híbrida, quando comparada a indivíduos não vacinados e não infectados. Um ano após esse duplo reforço no sistema imunológico, uma pessoa tinha pelo menos 95% menos risco de contrair a forma perigosa da doença ou de precisar de hospitalização. Já aqueles infectados há um ano, mas não vacinados, tiveram 75% menos risco.
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A proteção conferida pela imunidade híbrida contra a reinfecção foi menor do que contra a doença grave, embora ainda substancial, segundo os autores. Pessoas desse grupo tiveram um risco 42% menor de serem novamente contaminadas pelo Sars-CoV-2 um ano depois. O percentual entre aqueles que já haviam sido infectados antes, mas não se vacinaram foi de 25%.
"Mais dados de acompanhamento sobre a eficácia protetora da imunidade híbrida contra internação hospitalar ou doença grave para todas as vacinas são necessários para esclarecer o quanto a diminuição da proteção pode ocorrer com uma duração mais longa desde a última infecção ou vacinação", destaca o artigo. "A produção de estimativas de proteção para vacinas direcionadas a novas variantes será crucial para a política de vacinação contra a COVID-19 e para os órgãos de tomada de decisão."
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