A premissa de uma relação sexual é dar prazer e bem-estar para ambos os parceiros. Portanto, quando uma relação sexual é saudável, tanto física quanto emocionalmente, não gera dor. Segundo a ginecologista Priscila Pyrrho, especialista em medicina integrativa da saúde da mulher, se há dor na relação sexual, há algo errado, que pode ser tanto de origem emocional quanto física.
"Nós somos mais que um corpo físico. Então, a mente influencia no corpo e vice-versa. E uma das principais causas das dores nas relações sexuais é a mulher não estar pronta para o momento da penetração, por não estar lubrificada", explica a médica.
"Esse desconforto pode se apresentar de três formas: por meio de dores externas, como um desconforto na região vaginal, que é mais no meio, e como um desconforto mais profundo. O tratamento dependerá do diagnóstico", afirma Priscila, lembrando que 87% dos casos têm origem emocional.
De acordo com a ginecologista, os parceiros precisam entender o momento da mulher e investir mais em preliminares, pois a vagina leva cerca de 20 minutos para ficar preparada para a relação.
"Nesse caso, a mulher precisa se sentir bem com o parceiro e estar envolvida com ele a ponto de querer estar ali e precisa estar relaxada", complementa.
Porém, além do lado emocional, existem algumas causas físicas para esses desconfortos nas mulheres, que são: as vaginoses, as doenças e infecções, como herpes, sífilis, clamídia, gonorreia e candidíase, que podem alterar o pH vaginal, causando dores durante a relação.
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Outros fatores, como alergias a preservativos, aginismo, cistos, tumores, endometriose, menopausa, falência ovariana prematura (quando acontece a queda hormonal), tumores, redução da libido e o ressecamento vaginal, também podem causar incômodo durante o sexo.
"A endometriose é uma condição crônica que causa o crescimento de células do endométrio fora do útero e costuma ser um motivo atual de muita dor nas mulheres, principalmente quando o pênis encosta nos focos de endometriose perto do colo do útero", diz Priscila.
A especialista lembra que o tratamento é específico e individualizado, de acordo com cada causa física, e que o estímulo sexual não está desvinculado do cérebro e das emoções.
"É importante que o corpo da mulher esteja preparado para essa relação sexual, senão ela vai sentir dor e acabar associando o ato a um momento desprazeroso. O indicado é conversar com o parceiro e procurar ajuda de um especialista", finaliza.
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