Por conta do calor, é necessário redobrar os cuidados com a alimentação das crianças durante o verão. “Principalmente quando são bebês, porque o intestino ainda está em formação e adaptação”, reforça a pediatra Maria Carolina Alvim.



A médica relata que durante seus 18 anos como pediatra, trabalhando em hospitais e clínicas, pode perceber que durante o verão o número de casos de crianças que precisam de assistência médica devido à gastroenterite, popularmente conhecida como intoxicação alimentar, aumenta significativamente.

Por isso, Maria Carolina Alvim ensina que os maiores cuidados que os pais podem ter no verão para evitar a doença são:
  • Verificar se a temperatura do refrigerador do supermercado está funcionando corretamente;
  • Colocar as compras do mercado o mais rápido possível dentro da geladeira, assim como refeições que sobraram;
  • Preferir levar um lanchinho para praia, do que comer lá;
  • Caso coma na praia, evitar alimentos que estragam rapidamente, como maionese e sucos com leite;
  • Evitar alimentos crus ou malcozidos em restaurantes, incluindo as saladas;
  • Tomar água somente filtrada ou de garrafinha que esteja bem lacrada. Não tome água de torneira.

Como identificar uma intoxicação alimentar

“A gastroenterite tem sintomas característicos que podem ser diferenciados de uma diarreia pontual ou uma gripe”, explica a pediatra.

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Maria Carolina Alvim destaca que os sintomas mais comuns são: "Falta de apetite, diarreia, dor abdominal, vômitos, que podem levar a desidratação e febre, em alguns casos.

O que fazer se meu filho estiver com intoxicação alimentar

O maior perigo da intoxicação alimentar, de acordo com 
Maria Carolina Alvim é a desidratação. “A primeira coisa a fazer é oferecer bastante líquido, para repor o que está sendo perdido e não piorar os sintomas da intoxicação”, esclarece a médica.

Em seguida, a pediatra recomenda dar alimentos leves, como frutas e verduras, e evitar açúcar e gordura. “Bastante repouso também é importante. As crianças ficam tentadas a brincar na praia ou ficar no sol, na beira da piscina, mas é bom evitar isso nos primeiros dias”, continua. Por fim, se os sintomas não amenizarem, procure um pediatra.

Maria Carolina Alvim alerta que "a criança pode demorar até 10 dias para se recuperar totalmente de uma intoxicação alimentar, então a paciência dos pais também é fundamental nesse processo".

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