A maioria dos pais e responsáveis costuma seguir à risca o calendário de vacinação infantil. No entanto, quando essa criança se torna um adulto, muitas vezes, acaba abandonando esse cuidado com a saúde. De acordo com especialistas, cerca de 90% da população só toma vacina por indicação de um profissional.





“A pandemia de COVID-19 impulsionou um enorme crescimento da vacinação, mas geralmente, a busca depende da época que estamos vivendo no país. A adesão à vacina da gripe, por exemplo, tem caído a cada ano. Em 2022, o desempenho foi 6% menor do que em 2021, que já tinha registrado uma performance muito ruim”, explica Juliana Oliveira da Silva, infectologista coordenadora do Centro de Vacinação do Hcor.

Além da proteção contra os vírus e bactérias em grande circulação, as vacinas também podem prevenir mais de 20 enfermidades e evitam que doenças erradicadas, como a poliomielite, voltem a afetar a população. “A vacina tríplice viral de adultos, por exemplo, atua contra o aparecimento de sarampo, caxumba e rubéola. As vacinas contra difteria e tétano garantem a proteção por 10 anos”, ressalta a médica.

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As proteções mais procuradas pelo brasileiro

Segundo dados da Merck Sharp & Dohme (MSD), as proteções mais procuradas pelos brasileiros são contra COVID-19, poliomielite, doenças pneumocócicas e influenza - juntas somam mais de 80 milhões de doses, ou metade de todo o mercado de vacinação brasileiro. Até junho do ano passado, o país tinha registrado uma redução de 12,7% nas aplicações de vacinas gerais, quando comparado com o mesmo período de 2021.





As fakes news também interferem negativamente na vacinação, pois geram medo de reações adversas inexistentes, descredibilizam os benefícios e, consequentemente, diminuem a adesão às vacinas. Felizmente, hoje em dia existem estudos e ferramentas variadas que podem atestar a veracidade das proteções e trazer ainda mais segurança.


“As pessoas devem manter a carteira de vacinação atualizada, principalmente os adultos. Para isso, sempre há a possibilidade de pedir informações nas unidades de saúde ou nas consultas. Os médicos devem estar preparados para falar sobre vacinas e indicá-las aos seus pacientes, se necessário. Com o incentivo adequado, nós teremos uma população protegida contra as principais doenças virais e evitaremos novos surtos”, finaliza a infectologista.

 

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