Ler para os filhos é uma ótima oportunidade de criar vínculo afetivo, estimular a criatividade e concentração e desenvolver a imaginação desde cedo. A pesquisa ‘Retratos da Leitura no Brasil’, realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), revelou que 52% da população brasileira tem hábitos de leitura, entretanto o estudo da Famivita indica que em 55% dos lares do país ler para crianças não faz parte da rotina e entre aqueles que leem para os filhos, 59% o faz duas vezes por semana ou com menor frequência.
O levantamento do IPL, em parceria com a Câmara Brasileira de Livros, a Abrelivros e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, constatou que crianças de 5 a 10 anos representam 23% de toda a população leitora e costumam ler diariamente ou quase todos os dias por vontade própria. Proporcionar para crianças acesso aos contos de fadas, histórias populares que existem desde a antiguidade e geralmente utilizam narrativas curtas para transmitir valores, pode ser um passo importante para incentivar esse hábito ao longo da vida.
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“Os contos de fadas conversam com os anseios, questionamentos, medos e angústias mais íntimos de todo ser humano, inclusive das crianças”, argumenta Aline De Rosa, especialista em desenvolvimento infantil integrativo.
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“Os contos de fadas conversam com os anseios, questionamentos, medos e angústias mais íntimos de todo ser humano, inclusive das crianças”, argumenta Aline De Rosa, especialista em desenvolvimento infantil integrativo.
Com o passar dos anos muitos contos foram alterados de sua história original, podendo ser longos ou descritivos demais e gerando medo para algumas idades. O lobo que come os porquinhos ou a vovó e o caçador que abre a barriga para salvá-la são alguns exemplos que podem deixar os pais com receio de inserir essa leitura na rotina e isso acontece porque o adulto assimila o conteúdo de maneira racional, colocando tudo em perspectiva.
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“O mundo da criança é lúdico e funciona por meio de imagens. Onde os pais enxergam fantasia e ‘mentira’, ela absorve a moral da história e outras habilidades, como a coragem dos porquinhos e o trabalho em equipe”, explica Aline De Rosa.
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“O mundo da criança é lúdico e funciona por meio de imagens. Onde os pais enxergam fantasia e ‘mentira’, ela absorve a moral da história e outras habilidades, como a coragem dos porquinhos e o trabalho em equipe”, explica Aline De Rosa.
Construção da personalidade
Para Aline, os contos de fadas oferecem imagens que ajudam a criança a se compreender melhor e construir sua personalidade. “Também é uma maneira de auxiliar os filhos a lidarem com a violência, a maldade e a superação de desafios, porque essas histórias trazem uma sabedoria espiritual profunda traduzida em uma linguagem simples”, completa.
“Os contos ajudam a criança a compensar o excesso de informações do mundo e equilibrar suas emoções”, orienta a especialista que tem três recomendações para os pais que querem introduzir esse conteúdo no dia a dia. Confira:
Conheça a história: “Antes de ter esse momento com o seu filho, escolha o conto e leia antes para se familiarizar com o conteúdo”, ensina Aline De Rosa.
Respeite seus limites: “Quem conta deve ter uma boa relação com a história. Se tiver algum desconforto, troque por outra história e curta esse tempo com a criança”, esclarece a especialista.
Cuidado com a interpretação: “Não dramatize a história. É preciso permitir que a criança identifique seus próprios sentimentos”, finaliza a educadora.
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