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Leucemia: o tratamento requer abordagem terapêutica imediata e o protocolo mais comum no Brasil é a quimioterapia intravenosa, que é agressiva

swiftsciencewriting por Pixabay
O Fevereiro Laranja é o mês de campanha para a  conscientização e enfrentamento das leucemias. O médico Vanderson Rocha, hematologista da Rede D’or, destaca dúvidas sobre algumas particularidades do tratamento de um dos tipos mais graves de leucemia, a leucemia mieloide aguda (LMA) e enfatiza sobre a importância da família e cuidadores ao longo da jornada.
Dentre os diversos tipos de leucemia, a leucemia mieloide aguda (LMA) é o tipo mais grave da doença e geralmente atinge adultos com mais de 60 anos. Nessa faixa etária os pacientes costumam apresentar comorbidades, o que gera alguns impactos importantes na jornada de pacientes.

Como é o tratamento?

O tratamento geralmente requer uma abordagem terapêutica imediata, em poucos dias após o diagnóstico. O protocolo mais comum no Brasil é a quimioterapia intravenosa, que é agressiva e pode ocasionar efeitos adversos graves para esse perfil de paciente, dificultando o tratamento e reduzindo a sobrevida de pacientes.

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Qual a importância da rede de apoio?

Em especial nos casos de LMA, familiares e cuidadores desempenham um papel crucial de suporte ao paciente e na tomada de decisão de tratamento junto à equipe médica, pois hospitalizações são recorrentes, seja pela baixa imunidade, pelas sessões de quimioterapia, cirurgias ou necessidade de transfusão de sangue.      

Quais orientações importantes para pacientes de LMA e cuidadores(as)?

Quando se cria uma relação de confiança com pacientes e seus cuidadores, a família toda se sente mais confortável para tirar dúvidas, impactando positivamente a adesão ao tratamento e, consequentemente, aumentando as chances de sucesso.   

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Qual o meio de diagnóstico?

O hemograma e o mielograma são as principais formas de diagnóstico da LMA, no entanto, os testes genéticos também são importantes, pois auxiliam na classificação de risco da doença a partir da identificação mutações em genes específicos, como o FLT3, que estão relacionadas a tipos mais graves da doença.

A tecnologia tem avançado na luta contra a doença?

O avanço na tecnologia de terapias-alvo para leucemia representa um importante passo para aumentar as chances de sucesso no tratamento para idosos com LMA, já que as terapias-alvo atacam especificamente as células cancerígenas, preservando as células saudáveis e causando menos efeitos colaterais, além de poderem ser administradas em casa, sem necessidade de hospitalização.

Qual a importância da doação de medula óssea?

O transplante da medula óssea (TMO) pode significar a cura para diversos casos, incluindo a leucemia mieloide aguda (LMA).
Para que o TMO aconteça, o paciente passa por um tratamento também intensivo chamado condicionamento, que ajuda a acabar com as células tumorais e impede que o sistema imunológico do receptor ataque as células doadas.

Hoje há tecnologia disponível tanto para aumentar as chances do paciente de chegar ao TMO, como também oferecer mais qualidade de vida ao paciente e aos cuidadores.

Quem se beneficia do transplante?

Para que o transplante seja bem-sucedido, é necessário encontrar um doador com a mesma compatibilidade, que é avaliada por um teste que precisa ser detalhado e preciso. Por isso, quanto mais voluntários cadastrados, maior a chance de encontrar um doador que seja compatível para realizar o transplante de medula óssea de forma efetiva e segura.