O professor doutor do departamento de medicina da PUC Minas Gilmar Reis, pesquisador líder do ensaio clínico Together, publicou nesta quarta-feira, 8 de fevereiro, os resultados referentes ao uso do medicamento Peginterferon Lambda no tratamento precoce da COVID-19 leve a moderada. A publicação foi feita pelo The New England Journal of Medicine, considerada uma das mais importantes publicações científicas da área médica.



Também participam do ensaio clínico como parceiros os professores do Departamento de Medicina da PUC Minas Eduardo Augusto dos Santos Moreira Silva, Daniela Carla Medeiros Silva e Leonardo Cançado Monteiro Savassi. “Os dados do estudo mostraram que uma dose única de Peginterferon Lambda demonstrou uma redução significativa do risco de hospitalizações ou mortes relacionadas à COVID-19 em uma população predominantemente vacinada", afirma o professor Gilmar Reis, que é também docente da McMaster University, no Canadá.

“Um fármaco administrado em dose única tão eficaz quanto 30 comprimidos de Paxlovid por cinco dias em pacientes não vacinados e vacinados, independentemente da variante viral” afirma o professor.

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No estudo, 931 pacientes receberam Lambda e 1018 receberam placebo, sendo que 84% deste público tinha sido vacinado. A redução de agravamentos e hospitalização ocorreu em 51% desses pacientes que receberam o Lambda e 86% de redução no subgrupo de participantes não vacinados.



Os efeitos também foram consistentes entre as variantes, incluindo a cepa Ômicrom, comprovando que o medicamento é eficaz contra as novas cepas do vírus.

Dose única

O medicamento, o qual deve ser administrado como uma única injeção subcutânea ao primeiro sinal de infecção ou tomada de consciência de uma exposição, foi licenciado mundialmente pela Eiger BioPharmaceuticals (empresa biofarmacêutica americana focada no desenvolvimento de terapias inovadoras para a hepatite e outras doenças graves) e se encontra em fase experimental e ainda não está disponível para utilização.

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O estudo Together está presente em mais de 30 cidades de Minas Gerais e outros Estados e mantém parcerias formais com a McMaster University, Hamilton, Canadá e Stanford University, Palo Alto (USA).

O ensaio clínico encontra-se em andamento e já avaliou 11 agentes terapêuticos diferentes em pacientes contaminados não-hospitalizados, de forma duplo-cega, randomizada e controlada por placebo. Outras informações disponíveis neste site.

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