A supervisora de vendas Aline Ramos, de 39 anos, moradora da Vila Valqueire, no Rio de Janeiro, é um exemplo de pessoa apaixonada por carnaval. Há dois anos, seus rins pararam de funcionar e ela passou a fazer hemodiálise três vezes por semana, passando cerca de quatro horas dentro da Clínica CDR Taquara, enquanto uma máquina retira seu sangue e faz uma filtragem que elimina toxinas e líquidos em excesso do organismo.
Aline nasceu numa família de sambistas e seus parentes têm uma escola de samba, a União de Jacarepaguá. Ela é ritmista e toca vários instrumentos: chocalho, marcação e cuíca.
Ela poderia participar da bateria e cuidar apenas para não exagerar na hidratação. Aline carrega consigo garrafinha de água congelada para que sacie a sede e amenize o calor, sem ultrapassar o limite de ingestão de líquido permitido para renais.
Amor pelo carnaval
A instrumentista conta que "o carnaval é minha terapia. Faz com que eu esqueça dos problemas. Já desfilei em umas 10 escolas. No ano passado, quando a nossa escola ganhou o campeonato, vivi uma grande emoção. Agora sei que posso continuar fazendo o que mais gosto, sem deixar de cuidar da doença renal. Cumpro meu tratamento direitinho no carnaval, não falto e saio da clínica muito bem, com toda energia. O show tem que continuar”, relata Aline.
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Conviver com a diálise e ser feliz
A nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care, grupo do qual a CDR Taquara faz parte, reforça que é possível conviver com a diálise e ser feliz."Estimulamos muito nossos pacientes a terem uma vida ativa, se exercitarem como puderem, nem que seja caminhando. E também manterem seus projetos de estudos ou trabalhos. No início da descoberta renal, tudo parece muito difícil, mas logo os pacientes que conseguem manter seus sonhos, se sentem mais tranquilos com o dia a dia. Eles precisam de um futuro que vale a pena viver", enfatiza a médica.
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