Camisinhas no bolso de uma calça jeans

Além das vacinas, a recomendação é que os jovens não abusem do álcool e lembrem do uso da camisinha

Freepik

Depois de dois anos, o carnaval de rua, com blocos, festas e rolês está de volta. Aproveitar a folia é o que todos querem, mas é importante não descuidar da saúde. A especialista em saúde do adolescente, médica pediatra e hebiatra Valéria Barbosa afirma que é fundamental pensar em prevenção durante esse período. "Para os jovens que querem se divertir no carnaval, é importante ter hábitos e rotinas saudáveis, ter exames clínicos e laboratoriais e check-up em dia e o cartão de vacina atualizado. As infecções sexualmente transmissíveis têm sido mais frequentes em jovens e adolescentes", diz.

A médica lembra que a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) é uma das preconizadas durante a adolescência e protege contra a infecção que pode causar transtornos e aborrecimentos a médio e longo prazos. A vacina imuniza contra quatro tipos do HPV, que podem levar ao desenvolvimento de câncer, principalmente o de colo do útero e de verrugas genitais benignas. "Prevenir é fácil. Bastam apenas duas doses da vacina com intervalo de seis meses", reforça.

Outra IST que pode ser prevenida com vacina é a hepatite B, que causa alterações no fígado e pode levar ao aparecimento de sintomas como febre, enjoos, vômitos e olhos e pele amarelados. Se não tratada, pode comprometer o fígado, evoluindo para cirrose. As três doses da vacina são aplicadas, conforme o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde, em crianças recém-nascidas, mas jovens e adultos também podem tomar a vacina em redes particulares.

Leia também: 43% das brasileiras não fazem exame ginecológico de rotina, diz estudo

Além das vacinas, a recomendação é que os jovens não abusem do álcool e lembrem do uso da camisinha, que pode evitar outras graves doenças sexualmente transmissíveis, como a HIV, sífilis, gonorreia, tricomoníase, clamídia, herpes, cancro mole, Hepatite C, Vírus Linfotrópico T humano(HTLV), Doença Inflamatória Pélvica (DIP) e donovanose.