Pneumomediastino: entenda doença do cantor Lincoln Senna, internado na UTI

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O cantor Lincoln Senna foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), na tarde dessa quinta-feira (23), após diagnóstico de asteniamialgia e tosse. A informação foi confirmada pela equipe do artista à reportagem. Ele deu entrada no hospital após mal-estar, febre, tremor, calafrios e secreção nasal escurecida, sinais de infecção respiratória alta, associada a presença de pneumomediastino posterior.

 

A asteniamialgia, termo médico que define a fadiga, com sensação de fraqueza e falta de energia, pode explicar os sintomas apresentados pelo cantor (tremores). Geralmente, é causada por diversos fatores, como resfriados, gripes, deficiência de vitaminas, exposição a tratamentos como quimioterapia, entre outros.

 

O pneumomediastino se caracteriza pela existência de ar nos interstícios mediastinais, ou seja, em uma região entre os pulmões, o que causa dor intensa e alteração respiratória. 

Ontem (23), a assessoria de imprensa do cantor postou um comunicado oficial da real condição dele. Os shows deste fim de semana foram todos cancelados em decorrência do estado geral do artista.

 

 

 

Após a realização de exames, Lincoln foi levado para a UTI para observação clínica. No momento, ele se encontra bem, sem novos picos de febre, e com padrão respiratório confortável.

 

O cantor ficará em repouso para evitar evolução do quadro infeccioso e permitir a plena recuperação do paciente.

Desta forma, os shows do artista em Belo Campo e Barra do Mendes, ambos na Bahia, que aconteceriam nesta sexta-feira (24) e sábado (25), respectivamente, foram cancelados.

 

No carnaval, o artista se apresentou nas cidades baianas de Porto Seguro e Belmonte. Em seis dias de carnaval, ele chegou a ficar seis horas em cima do trio elétrico, o que pode ter causado a fadiga. No início da semana, ele cancelou o trio de cordas no circuito Osmar (Campo Grande) em virtude de problemas no ônibus da equipe. 

Entenda a doença 

De acordo com Michelle Andreata,  pneumologista da Saúde no Lar, as causas principais de pneumomediastino são a ruptura alveolar com dissecção do ar no interstício pulmonar com translocação para o mediastino; a perfuração esofágica e a ruptura esofágica ou intestinal com dissecção do ar do pescoço ou abdome no mediastino ou infecção. 

 

Quando ele é espontâneo, pode ser causado por exercícios físicos intensos, trabalho de parto, mergulhos a grandes profundidades, tosse de forte intensidade, além de vômitos, asma, inalação de drogas entorpecentes, asma brônquica e biotipo longilíneo.

 

Exames de imagem e físicos realizados pelo médico conseguem revelar se o paciente está ou não com o problema. 

 

Na maioria das vezes, segundo a pneumologista, não há necessidade de tratamento. Apenas em casos de pneumomediastino hipertensivo, onde acontece  a compressão de estruturas mediastinais (raro), pode ser importante, para alívio do paciente, a aspiração com agulha.