tomadas elétricas

Fiações expostas e/ou mal isoladas nunca são um bom sinal e, numa casa com instalação elétrica precária, todos os eletrodomésticos podem se tornar perigosos

Sabolaslo por Pixabay
O Brasil registrou 234 óbitos por acidentes domésticos causados por eletricidade em 2021. Os dados são do último relatório da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos de Eletricidade (Abracopel) divulgado neste ano. O estudo também apontou que a maioria dos casos foram causados por choques elétricos, que somaram 190, seguido por incêndios de sobrecarga de energia, 40, e raios com quatro mortes.



Os dados da Abracopel mostram ainda que 178 dos acidentes fatais foram motivados por redes elétricas sucateadas e tentativas de manutenção sem preparo, enquanto outros 59 ocorreram por problemas em eletrodomésticos.

O vice-presidente de Produtos da Associação Brasileira da Avaliação da Conformidade, Marcos Zevzikovas, alertou que fiações expostas e/ou mal isoladas nunca são um bom sinal e, numa casa com instalação elétrica precária, todos os eletrodomésticos podem se tornar perigosos.

Risco de usar o benjamim 

“A utilização de benjamim, também traz riscos, considerando a sobrecarga e pode causar incêndios”, explica Zevzikovas.“Também é importante jamais trocar tomadas e lâmpadas sem desligar a energia elétrica e com as mãos e/ou pés molhados”, completa o especialista.
Os eletrodomésticos no Brasil só podem ser comercializados após a certificação por Organismos de Avaliação da Conformidade (OACs) acreditados pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Inmetro, o que protege os consumidores dos riscos elétricos, mecânicos, térmicos e de radiação dos aparelhos, quando em utilização normal.

A certificação exige que esses produtos passem por testes laboratoriais que analisam, por exemplo, o conteúdo químico, operação mecânica e segurança elétrica.

“O auxílio de um profissional eletricista nos reparos da rede elétrica doméstica também é essencial, além da aquisição de materiais e equipamentos certificados de acordo com as legislações e portarias vigentes”, enfatizou o vice-presidente de produtos da Abrac.