Cirurgia

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Hospital da Baleia/Divulgação

O Hospital da Baleia vai realizar uma cirurgia rara, via Sistema Único de Saúde (SUS), para a retirada da bexiga, indicada em casos de câncer no órgão, o que acontece com o paciente Joaquim Nunes da Silva, 78 anos, morador de Belo Horizonte. Ele descobriu o câncer em julho de 2022. Ao urinar, sentiu dor e percebeu coloração que indicava sangramento. Então, procurou atendimento médico e, com o diagnóstico de câncer, foi encaminhado ao Hospital da Baleia. Joaquim fez a retirada de parte da lesão seguida de sessões de quimioterapia e, agora, vai realizar a retirada do órgão, que dá mais chances de cura da doença.

A cistectomia é a cirurgia da retirada da bexiga e pode ser feita da forma tradicional, com abertura da parede abdominal, ou de forma menos invasiva. Esta segunda, chamada cistectomia laparoscópica, é rara pelo SUS, mas, desde o ano passado, o Hospital da Baleia vai somar nove procedimentos do tipo.

Desta vez, será utilizado um endogrampeador, material primordial para a reconstrução totalmente intracorpórea de uma cirurgia laparoscópica, ou seja, com o mínimo de aberturas possível. O equipamento foi doação da empresa AMGS. O hospital vai custear ainda uma tesoura coaguladora e um trocarter descartável, além de materiais essenciais para o procedimento que não são pagos pelo SUS.

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Os especialistas à frente do caso deste paciente são urologistas do Hospital da Baleia, Diego Zille e Paulo Lopes, sob coordenação de Marcelo Salim. Zille explica o porquê de ser uma cirurgia pouco realizada no SUS, apesar de ter melhor prognóstico de recuperação. "Sem dúvidas, é uma técnica mais moderna, que garante mais conforto e uma recuperação muito melhor em relação ao outro método. Porém, a necessidade de materiais específicos e de pessoal treinado impede, na maioria das vezes, que seja a escolhida", comenta.

"O Hospital da Baleia já se tornou referência no tratamento do câncer de bexiga minimamente invasivo de Minas Gerais", completa o urologista.